sábado, 1 de dezembro de 2012

Enquanto Houver Dia e Noite Haverá Salvação - Jeremias 33


Nós encontramos Jeremias, no capitulo 33 do seu livro, ainda preso no pátio da guarda, por ordem do rei Zedequias, e mesmo ali, encarcerado, o Senhor continuou lhe dando as grandes e preciosas revelações e promessas relativas à Nova Aliança.
 Então Ele encorajou o Seu profeta a não ficar intimidado pelas circunstâncias em que se encontrava, mas que continuasse na Sua presença, clamando a Ele, porque lhe responderia ao clamor e lhe anunciaria, ou seja, lhe revelaria as coisas grandes e ocultas relativas ao futuro glorioso do Seu povo, que Jeremias ainda não conhecia, e que não se cumpririam nos seus dias de vida na terra.   
Jerusalém estava sendo invadida pelos babilônios, mas o Senhor ainda faria com os judeus, no futuro, tudo o que está escrito a partir do verso 6, no qual afirma o seguinte:
“Eis que lhe trarei a ela saúde e cura, e os sararei, e lhes manifestarei abundância de paz e de segurança.” (v. 6)
Deus formou Israel para ser um povo santo, e Ele teria este povo santo, quando lhes desse o Messias, porque não somente faria com que voltassem do exílio em Babilônia, mas os edificaria, purificando-os de toda a iniquidade do seu pecado contra ele, e perdoaria todas as suas iniquidades com que haviam pecado e transgredido contra Ele, conforme promessa que já havia feito através do profeta em Jer 31.27-34 (Jer 33.7, 8).
Jerusalém serviria então, conforme a vocação que lhe fora dada por Deus, de nome de júbilo, de louvor e de glória diante de todas as nações da terra, por verem todo o bem e paz que o Senhor daria ao Seu povo (Jer 33.9).  
Uma demonstração desta bem-aventurança eterna, quando estivessem reunidos ao Messias, seria o fato de trazê-los de volta de Babilônia para a sua própria terra, na qual eles seriam alegrados novamente por Ele (v. 10 a 14).
E depois disto, ainda lhes daria o Rei justo prometido em Jer 23.5,6, pelo qual seria cumprida a promessa de inauguração de uma Nova Aliança com o Seu povo, conforme reafirmou tal promessa neste 33º capítulo.
É importante lembrar que mesmo depois da volta dos judeus de Babilônia em 537. a. C, eles tiveram que esperar ainda 570 anos, até a morte e ressurreição de Jesus, quando foi finalmente inaugurada a Nova Aliança prometida.
Por isso o Senhor se referiu ao cumprimento desta promessa como sendo relativa a dias futuros, com a expressão “Eis que vêm os dias, diz o Senhor, em que cumprirei...”.
Ele chamou a Nova Aliança em Cristo, como sendo o cumprimento da boa promessa que havia dado a Israel e a Judá (v. 14). É boa palavra porque se refere à boa nova, ao evangelho, que é o Seu poder para salvar os que creem.
O enfoque da promessa da Nova Aliança não está no povo, mas no Renovo de justiça, que brotaria a Davi e que executaria juízo e justiça na terra, porque é a Ele que o Pai tem dado o poder de julgar tanto a vivos quanto mortos, como também de justificar os pecadores que se arrependem e que nEle creem.
É por isso que o povo que se acha debaixo do governo deste Rei justo será chamado pelo nome: O SENHOR É NOSSA JUSTIÇA. Porque é por causa da Sua justiça em nós que temos salvação e segurança eternas (v. 15,16), a saber a Sua justiça eterna e perfeita com a qual somos justificados.
É nele que se cumpriria a promessa feita por Deus a Davi no passado de que não lhe faltaria varão que se assentasse sobre o trono da casa de Israel, e que seria da sua descendência.
Este varão que nunca faltará a Davi, assentado em Seu trono, é Cristo (v. 17).
A segurança deste pacto firmado com Davi é eterna, do mesmo modo que ninguém pode fazer com que deixe de existir dia e noite (v. 20 a 26).


“1 E veio a palavra do Senhor a Jeremias, segunda vez, estando ele ainda encarcerado no pátio da guarda, dizendo:
2 Assim diz o Senhor que faz isto, o Senhor que forma isto, para o estabelecer; o Senhor é o seu nome.
3 Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes.
4 Pois assim diz o Senhor, o Deus de Israel, acerca das casas desta cidade, e acerca das casas dos reis de Judá, que foram demolidas para fazer delas uma defesa contra os valados e contra a espada;
5 entrementes os caldeus estão entrando a pelejar para os encher de cadáveres de homens que ferirei na minha ira e no meu furor; porquanto escondi o meu rosto desta cidade, por causa de toda a sua maldade.
6 Eis que lhe trarei a ela saúde e cura, e os sararei, e lhes manifestarei abundância de paz e de segurança.
7 E farei voltar do cativeiro os exilados de Judá e de Israel, e os edificarei como ao princípio.
8 E os purificarei de toda a iniquidade do seu pecado contra mim; e perdoarei todas as suas iniquidades, com que pecaram e transgrediram contra mim.
9 E esta cidade me servirá de nome de júbilo, de louvor e de glória, diante de todas as nações da terra que ouvirem de todo o bem que eu lhe faço; e espantar-se-ão e perturbar-se-ão por causa de todo o bem, e por causa de toda a paz que eu lhe dou.
10 Assim diz o Senhor: Neste lugar do qual vós dizeis: E uma desolação, sem homens nem animais, sim, nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém, que estão assoladas, sem homens, sem moradores e sem animais, ainda se ouvirá
11 a voz de júbilo e a voz de alegria, a voz de noivo e a voz de noiva, e a voz dos que dizem: Dai graças ao Senhor dos exércitos, porque bom é o Senhor, porque a sua benignidade dura para sempre; também se ouvirá a voz dos que trazem à casa do Senhor sacrifícios de ação de graças. Pois farei voltar a esta terra os seus exilados como no princípio, diz o Senhor.
12 Assim diz o Senhor dos exércitos: Ainda neste lugar, que está deserto, sem homens, e sem animais, e em todas as suas cidades, haverá uma morada de pastores que façam repousar aos seus rebanhos.
13 Nas cidades da região montanhosa, nas cidades das planícies, e nas cidades do sul, e na terra de Benjamim, e nos contornos de Jerusalém, e nas cidades de Judá, ainda passarão os rebanhos pelas mãos dos contadores, diz o Senhor.
14 Eis que vêm os dias, diz o Senhor, em que cumprirei a boa palavra que falei acerca da casa de Israel e acerca da casa de Judá.
15 Naqueles dias e naquele tempo farei que brote a Davi um Renovo de justiça; ele executará juízo e justiça na terra.
16 Naqueles dias Judá será salvo e Jerusalém habitará em segurança; e este é o nome que lhe chamarão: O SENHOR É NOSSA JUSTIÇA.
17 Pois assim diz o Senhor: Nunca faltará a Davi varão que se assente sobre o trono da casa de Israel;
18 nem aos sacerdotes levíticos faltará varão diante de mim para oferecer holocaustos, e queimar ofertas de cereais e oferecer sacrifícios continuamente.
19 E veio a palavra do Senhor a Jeremias, dizendo:
20 Assim diz o Senhor: se puderdes invalidar o meu pacto com o dia, e o meu pacto com a noite, de tal modo que não haja dia e noite a seu tempo,
21 também se poderá invalidar o meu pacto com Davi, meu servo, para que não tenha filho que reine no seu trono; como também o pacto com os sacerdotes levíticos, meus ministros.
22 Assim como não se pode contar o exército dos céus, nem medir-se a areia do mar, assim multiplicarei a descendência de Davi, meu servo, e os levitas, que ministram diante de mim.
23 E veio ainda a palavra do Senhor a Jeremias, dizendo:
24 Acaso não observaste o que este povo está dizendo: As duas famílias que o Senhor escolheu, agora as rejeitou? Assim desprezam o meu povo, como se não fora um povo diante deles.
25 Assim diz o Senhor: Se o meu pacto com o dia e com a noite não permanecer, e se eu não tiver determinado as ordenanças dos céus e da terra,
26 também rejeitarei a descendência de Jacó, e de Davi, meu servo, de modo que não tome da sua descendência os que dominem sobre a descendência de Abraão, Isaque, e Jacó; pois eu os farei voltar do seu cativeiro, e apiedar-me-ei deles.” (Jeremias 33.1-26)

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