Em
Sua presciência, Deus havia declarado, há mais de quatrocentos anos, antes de
Moisés, a Abraão, que a medida da iniquidade
dos amorreus seria completada, isto é, nos dias de Abraão não tinham ainda atingido o nível de iniquidade
que viriam a atingir nos dias de Moisés, e Deus estabeleceria um juízo sobre
aquele povo usando os israelitas como a Sua espada vingadora.
Tanto
Siom, rei de Hesbom, quanto Ogue, rei de Basã, que ficava ao norte de Hesbom,
eram reis dos amorreus.
Desta
forma, o Senhor sabe também quando se completará a medida da iniquidade
do mundo, e que a propósito, vem se multiplicando rapidamente em nossos dias,
conforme Jesus havia profetizado, e quando esta medida estiver completa Ele
voltará para julgar a todos os que vivem na prática da iniquidade.
Isto
é tão certo de ter cumprimento assim como o Senhor o cumpriu depois de o haver
prometido a Abraão em relação aos amorreus.
Na
verdade, aqueles povos tiveram a oportunidade, pela longanimidade divina, de
mudarem o seu procedimento, durante quatro séculos, mas em vez disso, só
progrediram na maldade e na perversidade.
E
desde então, há vários séculos que Deus vem dando oportunidade aos homens para
se arrependerem e crerem em Cristo, para serem justificados, para viverem na
prática da justiça.
Mas
parece que se dá com o homem moderno, o mesmo que sucedeu aos amorreus.
Aqueles
juízos foram apenas uma ilustração, uma pequena amostra, do grande juízo que
virá sobre todos os homens, que não se arrependerem dos seus pecados.
Tudo
sucedeu e foi registrado na Bíblia, para a nossa advertência.
Deus
ordenou a Moisés a por tudo por escrito, para testemunho a todas as gerações. E
o fizera por amor e misericórdia, na expectativa de que nos arrependamos, porque
não tem prazer na morte espiritual de ninguém.
Aqui
em Deuteronômio é citado o número das cidades dos amorreus de Basã, que foram
destruídas pelos israelitas, e que eram fortificadas com altos muros, portas e
ferrolhos: 60 cidades.
Além
destas conquistaram outras cidades dos
amorreus que não tinham muros (v. 4,5). Deste modo, Israel estendeu os seus
domínios na Transjordânia até os limites do monte Hermon (v. 8,9).
Ogue,
rei de Basã, era o último descendente dos refains, os gigantes, e a sua cama tinha
cerca de quatro metros e meio de comprimento (nove côvados) e dois metros de
largura (v. 11).
Mas,
como falamos antes, nenhum dos inimigos daqueles que amam e servem a Deus, será
páreo para eles, se confiarem tão somente no Seu Senhor, porque Ele mesmo
pelejará por Eles, e quem é mais forte do que Deus? Quem poderá vencê-lo? Pois
somente Ele é Criador e tudo o mais é criatura.
Dos
versos 12 a 20 é citada a partilha das terras conquistadas na Transjordânia
pelas tribos de Ruben, Gade e à meia tribo de Manasses, conforme se detalha no
livro de Números.
Os
limites de demarcação daquelas terras estão claramente definidos aqui neste terceiro
capítulo de Deuteronômio.
Moisés
disse aos israelitas, mais uma vez, que foi pela proibição expressa do Senhor
que ele não poderia entrar em Canaã e que Josué fora designado como seu
sucessor para liderá-los na sua conquista.
Com
isto não ficariam desanimados porque saberiam que a morte de Moisés não significava que estavam perdendo o favor de
Deus.
Na
Igreja, o interesse individual deve ser absorvido pelo coletivo, e este, pelo
do Senhor.
Eis a
grande lição que deve ser retirada da negação do pedido de Moisés para entrar
na terra pelo Senhor.
O
povo deveria aprender a confiar no Seu Deus.
Os
líderes terrenos vêm e vão, mas o Senhor permanece para sempre na companhia do
Seu povo, conforme a Sua promessa de estar com eles todos os dias até a
consumação dos séculos (Mt 28.20).
Nossos
líderes devem ser amados e estimados mas, se por alguma circunstância já não seguem conosco, sendo levantados em
seu lugar outros líderes pelo Senhor, assim do modo que O servimos debaixo da
liderança dos que se foram, devemos mostrar a mesma diligência e fidelidade aos
novos, e não agirmos em bases sentimentais e emocionais, mas segundo a verdade,
em cumprimento aos elevados interesses do reino de Deus.
Moisés
lembra o povo que a proibição dele entrar na terra fora em decorrência de um
juízo de Deus por causa do pecado de rebelião deles nas águas de Meribá de
Cades, isto é, cerca de apenas um ano antes, quando chegaram naquela
localidade, quando foram ordenados por Deus a retomarem a conquista da terra
prometida, depois de haverem peregrinado no deserto.
Ele
disse o seguinte:
“Mas
o Senhor indignou-se muito contra mim por causa de vós, e não me ouviu; antes
me disse: Basta; não me fales mais nisto.” (v. 26).
Isto
é, queria que entendessem que caso não houvessem murmurado e se rebelado contra
ele e contra o Senhor, não teria sido induzido à tentação de não crer que Deus
lhes daria de beber mesmo em face de toda aquela rebeldia, e consequentemente
não teria se exaltado contra eles como havia feito.
Que
isto, pois lhes servisse de advertência para não prejudicarem dali por diante o
trabalho de seus novos líderes, especialmente de Josué, com os seus pecados.
O
juízo contra ele era de certo modo também um juízo contra eles, pois por aquele
juízo ficariam privados da sua companhia.
Se
prejudicamos o trabalho da liderança, em vez de cooperar com ele, de certo modo
somos indiretamente também prejudicados porque ficaremos privados das bênçãos
que fluiriam da parte de Deus para nós através deles.
Mas
os juízos de Deus sobre o Seu povo vêm acompanhados da Sua misericórdia, pois
não apenas permitiu a Moisés ver a terra de Canaã do topo do monte de Pisga (v.
27), antes de morrer, como preparou Josué para ser seu sucessor na liderança
dos israelitas.
“1
Depois nos viramos e subimos pelo caminho de Basã; e Ogue, rei de Basã, nos
saiu ao encontro, ele e todo o seu povo, à peleja, em Edrei.
2 Então
o Senhor me disse: Não o temas, porque to entreguei nas mãos, a ele e a todo o
seu povo, e a sua terra; e farás a ele como fizeste a Siom, rei dos amorreus,
que habitava em Hesbom.
3
Assim o Senhor nosso Deus nos entregou nas mãos também a Ogue, rei de Basã, e a
todo o seu povo; de modo que o ferimos, até que não lhe ficou sobrevivente
algum.
4 E
naquele tempo tomamos todas as suas cidades; nenhuma cidade houve que não lhes
tomássemos: sessenta cidades, toda a região de Argobe, o reino de Ogue em Basã,
5
cidades estas todas fortificadas com altos muros, portas e ferrolhos, além de
muitas cidades sem muros.
6 E
destruímo-las totalmente, como fizéramos a Siom, rei de Hesbom, fazendo perecer
a todos, homens, mulheres e pequeninos.
7 Mas
todo o gado e o despojo das cidades, tomamo-los por presa para nós.
8
Assim naquele tempo tomamos a terra da mão daqueles dois reis dos amorreus, que
estavam além do Jordão, desde o rio Arnom até o monte Hermom
9 (ao
Hermom os sidônios chamam Siriom, e os amorreus chamam-lhe Senir) ,
10
todas as cidades do planalto, e todo o Gileade, e todo o Basã, até Salca e
Edrei, cidades do reino de Ogue em Basã.
11
Porque só Ogue, rei de Basã, ficou de resto dos refains; eis que o seu leito,
um leito de ferro, não está porventura em Rabá dos amonitas? o seu comprimento
é de nove côvados, e de quatro côvados a sua largura, segundo o côvado em uso.
12
Naquele tempo, pois, tomamos essa terra por possessão. Desde Aroer, que está
junto do vale do Arnom, e a metade da região montanhosa de Gileade, com as suas
cidades, dei aos nibenitas e gaditas;
13 e
dei à meia tribo de Manassés o resto de Gileade, como também todo o Basã, o
reino de Ogue, isto é, toda a região de Argobe com todo o Basã. (O mesmo se
chamava a terra dos refains.
14
Jair, filho de Manassés, tomou toda a região de Argobe, até a fronteira dos
resuritas e dos maacatitas, e lhes chamou, inclusive o Basã, pelo seu nome,
Havote-Jair, até hoje).
15 E
a Maquir dei Gileade.
16
Mas aos rubenitas e gaditas dei desde Gileade até o vale do Arnom, tanto o meio
do vale como a sua borda, e até o ribeiro de Jaboque, o termo dos amonitas;
17
como também a Arabá, com o Jordão por termo, desde Quinerete até o mar da
Arabá, o Mar Salgado, pelas faldas de Pisga para o oriente.
18 No
mesmo tempo também vos ordenei, dizendo: O Senhor vosso Deus vos deu esta
terra, para a possuirdes; vós, todos os homens valentes, passareis armados
adiante de vossos irmãos, os filhos de Israel.
19
Tão-somente vossas mulheres, e vossos pequeninos, e vosso gado (porque eu sei
que tendes muito gado) ficarão nas cidades que já vos dei;
20
até que o Senhor dê descanso a vossos irmãos como a vós, e eles também possuam
a terra que o Senhor vosso Deus lhes dá além do Jordão: Então voltareis cada
qual à sua herança que já vos tenho dado.
21
Também dei ordem a Josué no mesmo tempo, dizendo: Os teus olhos viram tudo o
que o Senhor vosso Deus tem feito a esses dois reis; assim fará o Senhor a
todos os reinos a que tu estás passando.
22
Não tenhais medo deles, porque o Senhor vosso Deus é o que peleja por nós.
23
Também roguei ao Senhor nesse tempo, dizendo:
24 Ó
Senhor Jeová, tu já começaste a mostrar ao teu servo a tua grandeza e a tua
forte mão; pois, que Deus há no céu ou na terra, que possa fazer segundo as
tuas obras, e segundo os teus grandes feitos?
25
Rogo-te que me deixes passar, para que veja essa boa terra que está além do
Jordão, essa boa região montanhosa, e o Líbano!
26
Mas o Senhor indignou-se muito contra mim por causa de vós, e não me ouviu;
antes me disse: Basta; não me fales mais nisto.
27
sobe ao cume do Pisga, e levanta os olhos para o ocidente, para o norte, para o
sul e para o oriente, e contempla com os teus olhos; porque não passarás este
Jordão.
28
Mas dá ordens a Josué, anima-o, e fortalece-o, porque ele passará adiante deste
povo, e o levará a possuir a terra que tu verás.
29
Assim ficamos no vale defronte de Bete-Peor.“ (Dt 3.1-29).
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