sábado, 1 de dezembro de 2012

Maldito o Homem que Confia no Homem - Jeremias 17


Este título não é para incentivar a desconfiança entre as pessoas, e nem sequer para proferir maldição a quem quer que seja.
Nós veremos o significado correto desta expressão, no contexto em que foi proferida por Deus em Jeremias 17.5.

Nós aprendemos do décimo sétimo capítulo de Jeremias, que nada agrada mais ao Senhor do que se guardar a Sua Palavra. Ela deve ser o referencial da vida, tanto de grandes quanto de pequenos, tanto de ricos quanto de pobres.
A exigência feita aos reis e príncipes de Judá para que não comerciassem no dia de sábado, como se vê no final deste 17º capitulo, é apenas um exemplo destacado pelo Senhor quanto ao respeito e obediência que os judeus deveriam ter pelos Seus mandamentos, porque a guarda do sábado era uma das principais exigências no Antigo Testamento.    
Quantos líderes, em muitas igrejas espalhadas em toda a face da terra, dirigem suas vida e o povo debaixo do cuidado deles, pelos seus próprios critérios e não pelos previstos na Palavra de Deus?
Eles costumam afirmar que obedecem a Palavra, mas na prática o que ocorre é algo muito diferente disto, e esta é a razão de não se ver a presença do Senhor entre eles.  
O povo de Israel havia dado ouvido aos falsos profetas, e não deram crédito à Lei do Senhor e nem aos profetas que lhes anunciavam os juízos da Lei contra o pecado.
Assim, permaneciam debaixo da maldição da Lei, que afirmava ser maldito todo aquele que não guardasse os seus mandamentos. 
Daí o “maldito o homem que confia no homem”.
Os judeus estavam confiando na força do Egito, e das demais nações com as quais pensavam em se coligar para tentar deter o poder de Babilônia.
Era isto que os falsos profetas lhes aconselhavam, para que não tivessem que se arrepender de suas más obras, e ao mesmo tempo se livrarem da opressão da nação inimiga.   
Por isso o Senhor declara no verso 5 deste 17º capítulo de Jeremias:
“Assim diz o Senhor: Maldito o varão que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor!”
E nos versos 7 e 8:
“7 Bendito o varão que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor. 8 Porque é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto.”
E o motivo disto, como temos fartamente comentado é o que Ele afirma no verso 9:
“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o poderá conhecer?”
Ora, se o coração humano é enganoso e perverso, em razão de possuirmos uma natureza decaída no pecado, que está naturalmente indisposta contra a vontade de Deus, então não será nele que acharemos as respostas de vida eterna e abençoada.
Não será consultando e sendo guiado pelo sentimento do coração que toparemos com a verdade relativa à nossa condição e necessidade.
Então devemos confiar no Senhor e buscando direção nEle e na Sua Palavra, porque Ele afirma no verso 10:
“Eu, o Senhor, esquadrinho a mente, eu provo o coração; e isso para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações.”
Devemos ter a mesma humildade do profeta, que apesar de estar na plenitude do exercício de um ministério com a marca da chamada de Deus, reconhecia que necessitava do Senhor para tudo, até mesmo para andar nos Seus caminhos, e não se desviar deles, e ser curado e livrado (v. 14).
Somente o Senhor é a fonte de águas vivas (v. 13) então não será nenhum homem que poderá saciar a nossa sede de justiça. 
Jeremias não havia pedido ao Senhor que trouxesse qualquer mal sobre os judeus, mas eles estavam atribuindo a ele todo o mal que lhes estava sucedendo, e consideravam como suas próprias maldições todos os juízos que estava proferindo contra o pecado deles.
Todavia, ele lhes falara da parte do Senhor, com temor e tremor, de maneira que lhe pediu que fosse o Seu refúgio no dia da calamidade como vinha sendo até então, e que não fosse achado tal como eles, digno de estar sob o espanto das ameaças de Deus.     


“1 O pecado de Judá está escrito com um ponteiro de ferro; com ponta de diamante está gravado na tábua do seu coração e nas pontas dos seus altares;
2 enquanto seus filhos se lembram dos seus altares, e dos seus aserins, junto às árvores frondosas, sobre os altos outeiros,
3 nas montanhas no campo aberto, a tua riqueza e todos os teus tesouros dá-los-ei como despojo por causa do pecado, em todos os teus termos.
4 Assim tu, por ti mesmo, te privarás da tua herança que te dei; e far-te-ei servir os teus inimigos, na terra que não conheces; porque acendeste um fogo na minha ira, o qual arderá para sempre.
5 Assim diz o Senhor: Maldito o varão que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor!
6 Pois é como o junípero no deserto, e não verá vir bem algum; antes morará nos lugares secos do deserto, em terra salgada e inabitada.
7 Bendito o varão que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor.
8 Porque é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto.
9 Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o poderá conhecer?
10 Eu, o Senhor, esquadrinho a mente, eu provo o coração; e isso para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações.
11 Como a perdiz que ajunta pintainhos que não são do seu ninho, assim é aquele que ajunta riquezas, mas não retamente; no meio de seus dias as deixará, e no seu fim se mostrará insensato.
12 Um trono glorioso, posto bem alto desde o princípio, é o lugar do nosso santuário.
13 Ó Senhor, esperança de Israel, todos aqueles que te abandonarem serão envergonhados. Os que se apartam de ti serão escritos sobre a terra; porque abandonam o Senhor, a fonte das águas vivas.
14 Cura-me, ó Senhor, e serei curado; salva-me, e serei salvo; pois tu és o meu louvor.
15 Eis que eles me dizem: Onde está a palavra do Senhor? venha agora.
16 Quanto a mim, não instei contigo para enviares sobre eles o mal, nem tampouco desejei o dia calamitoso; tu o sabes; o que saiu dos meus lábios estava diante de tua face.
17 Não me sejas por espanto; meu refúgio és tu no dia da calamidade.
18 Envergonhem-se os que me perseguem, mas não me envergonhe eu; assombrem-se eles, mas não me assombre eu; traze sobre eles o dia da calamidade, e destrói-os com dobrada destruição.
19 Assim me disse o Senhor: Vai, e põe-te na porta de Benjamim, pela qual entram os reis de Judá, e pela qual saem, como também em todas as portas de Jerusalém.
20 E dize-lhes: Ouvi a palavra do Senhor, vós, reis de Judá e todo o Judá, e todos os moradores de Jerusalém, que entrais por estas portas;
21 assim diz o Senhor: Guardai-vos a vós mesmos, e não tragais cargas no dia de sábado, nem as introduzais pelas portas de Jerusalém;
22 nem tireis cargas de vossas casas no dia de sábado, nem façais trabalho algum; antes santificai o dia de sábado, como eu ordenei a vossos pais.
23 Mas eles não escutaram, nem inclinaram os seus ouvidos; antes endureceram a sua cerviz, para não ouvirem, e para não receberem instrução.
24 Mas se vós diligentemente me ouvirdes, diz o Senhor, não introduzindo cargas pelas portas desta cidade no dia de sábado, e santificardes o dia de sábado, não fazendo nele trabalho algum,
25 então entrarão pelas portas desta cidade reis e príncipes, que se assentem sobre o trono de Davi, andando em carros e montados em cavalos, eles e seus príncipes, os homens de Judá, e os moradores de Jerusalém; e esta cidade será para sempre habitada.
26 E virão das cidades de Judá, e dos arredores de Jerusalém, e da terra de Benjamim, e da planície, e da região montanhosa, e do e sul, trazendo à casa do Senhor holocaustos, e sacrifícios, e ofertas de cereais, e incenso, trazendo também sacrifícios de ação de graças.
27 Mas, se não me ouvirdes, para santificardes o dia de sábado, e para não trazerdes carga alguma, quando entrardes pelas portas de Jerusalém no dia de sábado, então acenderei fogo nas suas portas, o qual consumirá os palácios de Jerusalém, e não se apagará.”. (Jeremias 17.1-27)


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