sábado, 1 de dezembro de 2012

Nossa Necessidade Vital de Jesus Cristo - Jeremias 30


Baseado em Jeremias 30

Cheio de indignação e de zelo por causa dos muitos falsos profetas que estavam se levantando no meio de Judá tanto em Babilônia, quanto em Jerusalém, profetizando uma falsa paz, pelo simples retorno do cativeiro, o Senhor se levantou para pronunciar não meras palavras de esperança e de consolação para Judá, mas palavras verdadeiras, relativas ao bem que constava em Seus planos em relação a eles, desde antes da fundação do mundo, porque ainda os colocaria por objeto de louvor na terra, e destruiria as nações que lhes haviam oprimido, porque não as pouparia como faria em relação ao Seu povo de Israel, porque não somente tinha uma aliança com eles, como também, tinha um plano de verdadeira paz e glória para várias pessoas de todas as nações do mundo, que cumpriria por meio deles, no Rei (Jesus) que lhes daria, que foi chamado na profecia de Davi (v. 9), porque seria da Sua descendência.
Por isso é dito no verso 24, no final desta profecia, que os judeus entenderiam o significado desta profecia somente nos últimos dias.
Então haveria um retorno do cativeiro para Judá como os falsos profetas estavam anunciando, mas não no tempo reduzido que eles falavam, e nem na condição do povo de estar ainda apegado à idolatria.
Eles teriam que ser purificados. Eles teriam que sentir a dor de terem desprezado a terra que o Senhor lhes dera por herança.
Por isso o tempo da cura seria longo, e é isto o que o Senhor lhes estava dizendo através de Jeremias neste capitulo 30.
Eles não tinham porque reclamar das dores que estavam sofrendo porque foram eles próprios que deram ocasião a elas, com as suas iniquidades. 
Todavia, o Senhor proveria um meio para que fossem curados até mesmo de suas transgressões, para perdoá-las, de forma que estivessem para sempre na Sua presença, e isto nós veremos mais detalhadamente no capitulo seguinte, no qual Ele fez a promessa da Nova Aliança.   
É dito no verso 9 que eles serviriam a Deus Pai, como também a Davi (Deus Filho), que lhes seria levantado pelo Pai, porque aquele que não honra o Filho não tem o Pai, e aquele que não tem o Filho, não tem também o Pai.  
Em Seus dias, o verdadeiro Israel estaria seguro e não teria mais o que temer, porque seria libertado de toda forma de cativeiro (do pecado, do diabo, da morte, do mundo), do qual o de Babilônia era apenas uma figura. 
A ferida de Judá se chamava pecado, e não havia quem pudesse curar tal ferida, senão somente o próprio Senhor, e Ele o faria depois de tê-los castigado em justa medida, porque não poderia tê-los como inocentes.
Ele não pode declarar o culpado inocente, mas pode perdoá-lo, e por isso seria esta a base da Nova Aliança, que faria com Israel e com Judá, para que pudessem estar perante Ele para sempre. 
Não tivesse o Senhor visitado o seu povo de Israel com a correção do cativeiro, eles teriam se corrompido totalmente, como a geração dos dias de Noé, e assim, não haveria esperança nem para eles, e nem para o mundo dos gentios, porque isto não permitiria que o Messias viesse para o seu próprio povo, conforme estava determinado nos conselhos eternos de Deus, porque seriam apenas adoradores de falsos deuses, como todas as demais nações pagãs do seu tempo.


“1 A palavra que do Senhor veio a Jeremias, dizendo:
2 Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Escreve num livro todas as palavras que te falei;
3 pois eis que vêm os dias, diz o Senhor, em que farei voltar do cativeiro o meu povo Israel e Judá, diz o Senhor; e tornarei a trazê-los à terra que dei a seus pais, e a possuirão.
4 E estas são as palavras que disse o Senhor, acerca de Israel e de Judá.
5 Assim, pois, diz o Senhor: Ouvimos uma voz de tremor, de temor mas não de paz.
6 Perguntai, pois, e vede, se um homem pode dar à luz. Por que, pois, vejo a cada homem com as mãos sobre os lombos como a que está de parto? Por que empalideceram todos os rostos?
7 Ah! porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! É tempo de angústia para Jacó; todavia, há de ser livre dela.
8 E será naquele dia, diz o Senhor dos exércitos, que eu quebrarei o jugo de sobre o seu pescoço, e romperei as suas correias. Nunca mais se servirão dele os estrangeiros;
9 mas ele servirá ao Senhor, seu Deus, como também a Davi, seu rei, que lhe levantarei.
10 Não temas pois tu, servo meu, Jacó, diz o Senhor, nem te espantes, ó Israel; pois eis que te livrarei de terras longínquas, e à tua descendência da terra do seu cativeiro; e Jacó voltará, e ficará tranquilo e sossegado, e não haverá quem o atemorize.
11 Porque eu sou contigo, diz o Senhor, para te salvar; porquanto darei fim cabal a todas as nações entre as quais te espalhei; a ti, porém, não darei fim, mas castigar-te-ei com medida justa, e de maneira alguma te terei por inocente.
12 Porque assim diz o Senhor: Incurável é a tua fratura, e gravíssima a tua ferida.
13 Não há quem defenda a tua causa; para a tua ferida não há remédio nem cura.
14 Todos os teus amantes se esqueceram de ti; não te procuram; pois te feri com ferida de inimigo, e com castigo de quem é cruel, porque é grande a tua culpa, e têm-se multiplicado os teus pecados.
15 Por que gritas por causa da tua fratura? tua dor é incurável. Por ser grande a tua culpa, e por se terem multiplicado os teus pecados, é que te fiz estas coisas.
16 Portanto todos os que te devoram serão devorados, e todos os teus adversários irão, todos eles, para o cativeiro; e os que te roubam serão roubados, e a todos os que te saqueiam entregarei ao saque.
17 Pois te restaurarei a saúde e te sararei as feridas, diz o Senhor; porque te chamaram a repudiada, dizendo: É Sião, à qual já ninguém procura.
18 Assim diz o Senhor: Eis que acabarei o cativeiro das tendas de Jacó, e apiedar-me-ei das suas moradas; e a cidade será reedificada sobre o seu montão, e o palácio permanecerá como habitualmente.
19 E sairá deles ação de graças e a voz dos que se alegram; e multiplica-los-ei, e não serão diminuídos; glorifica-los-ei, e não serão apoucados.
20 E seus filhos serão como na antiguidade, e a sua congregação será estabelecida diante de mim, e castigarei todos os seus opressores.
21 E o seu príncipe será deles, e o seu governador sairá do meio deles; e o farei aproximar, e ele se chegará a mim. Pois quem por si mesmo ousaria chegar-se a mim? diz o Senhor.
22 E vós sereis o meu povo, e eu serei o vosso Deus.
23 Eis a tempestade do Senhor! A sua indignação já saiu, uma tempestade varredora; cairá cruelmente sobre a cabeça dos ímpios.
24 Não retrocederá o furor da ira do Senhor, até que ele tenha executado, e até que tenha cumprido os desígnios do seu coração. Nos últimos dias entendereis isso.”

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