terça-feira, 4 de dezembro de 2012

SALMO 17 – Salmo de Davi


De modo algum estas palavras figurariam na Bíblia caso fossem falsas. No entanto, são a pura expressão da verdade experimentada não somente por Davi, como por todos aqueles que são santificados pelo Espírito do Senhor e pela Sua Palavra. Quando se caminha no firme fundamento da Palavra da verdade, apegado ao Senhor, tal como Davi fizera, desde a sua infância, chega-se ao ponto de se ter um espírito puro e pronto tal como o dele, separado da alma, pela Palavra de Deus, de forma que há este sentimento de pureza quase absoluta no coração, apesar de vivermos num mundo sujeito ao pecado.
Esta é a real eficácia da graça de Deus, e da purificação do sangue de Jesus, porque não foi para a impureza que Ele nos chamou, senão para a santidade, e esta não seria colocada por Deus como um dever para todos os Seus filhos, caso não fosse possível ser atingida, tal como Davi o expressa neste Salmo.
Deus não quer ser glorificado somente no céu, quando seremos perfeitamente santos, mas também busca ser glorificado enquanto estivermos na terra, atingindo graus cada vez maiores de santificação, para que Ele revele quão grande é o Seu poder e graça para fazer superabundar a santidade onde havia abundado o pecado.   

“Ouve, SENHOR, a causa justa, atende ao meu clamor, dá ouvidos à minha oração, que procede de lábios não fraudulentos. Baixe de tua presença o julgamento a meu respeito; os teus olhos vêem com equidade. Sondas-me o coração, de noite me visitas, provas-me no fogo e iniquidade nenhuma encontras em mim; a minha boca não transgride. Quanto às ações dos homens, pela palavra dos teus lábios, eu me tenho guardado dos caminhos do violento.  Os meus passos se afizeram às tuas veredas, os meus pés não resvalaram. Eu te invoco, ó Deus, pois tu me respondes; inclina-me os ouvidos e acode às minhas palavras.  Mostra as maravilhas da tua bondade, ó Salvador dos que à tua destra buscam refúgio dos que se levantam contra eles. Guarda-me como a menina dos olhos, esconde-me à sombra das tuas asas,  dos perversos que me oprimem, inimigos que me assediam de morte.  Insensíveis, cerram o coração, falam com lábios insolentes;  andam agora cercando os nossos passos e fixam em nós os olhos para nos deitar por terra. Parecem-se com o leão, ávido por sua presa, ou o leãozinho, que espreita de emboscada. Levanta-te, SENHOR, defronta-os, arrasa-os; livra do ímpio a minha alma com a tua espada,  com a tua mão, SENHOR, dos homens mundanos, cujo quinhão é desta vida e cujo ventre tu enches dos teus tesouros; os quais se fartam de filhos e o que lhes sobra deixam aos seus pequeninos.  Eu, porém, na justiça contemplarei a tua face; quando acordar, eu me satisfarei com a tua semelhança.” 


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