terça-feira, 4 de dezembro de 2012

SALMO 27 – Salmo de Davi


O grande desejo da alma de David Brainerd, primeiro missionário entre os índios selvagens americanos, não era o de ter um lugar destacado de honra no céu, mas ir para lá para poder servir a Deus com perfeição continuamente, com um perfeito amor.
A mim, me parece, ter tido o rei Davi expressado o mesmo sentimento com as palavras deste salmo.
Ele sabia que não há nada mais precioso do que a manifestação da presença do próprio Senhor na nossa vida.
Mas não poderemos ter isto em perfeição de plenitude aqui neste mundo, por causa das nossas limitações e imperfeições, as quais Davi pedia ao Senhor para não tê-las em consideração, de modo que não viesse a ficar privado da Sua santa presença.
Afinal quem era a luz e a salvação de Davi não era o próprio Senhor, segundo suas palavras proferidas no início deste salmo?
Não era o Senhor mesmo a fortaleza da sua vida?
Assim, de quem teria ele medo tendo o Senhor ao Seu lado e por castelo forte?
Ele estava convicto de que por ter tal comunhão com Deus, qualquer levante inimigo que viesse contra ele para destruí-lo é que tropeçaria e cairia diante do poder do Senhor.
Mesmo que fosse um exército que o sitiasse, ou que viessem contra ele num ataque frontal de uma guerra, ele nunca temia porque o Senhor lhe concedia coragem e firmeza de coração por meio da Sua graça, que era derramada abundantemente sobre sua vida.
O seu único interesse era cuidar dos interesses de Israel, segundo a vontade do Senhor, e como Ele poderia abandoná-lo quando se empenhava de modo tão diligente para cuidar dos próprios interesses de Deus?
Aqueles que servem a Deus deste mesmo modo, experimentam também o mesmo cuidado que Ele tivera em relação a Davi. 
Todavia, ele sabia que isto não ocorria de modo natural e espontâneo, porque havia aprendido que o Senhor deve ser buscado com diligência para que seja achado.
Ele não se revelará a nós caso não o busquemos com a mesma diligência com a qual Davi o buscava.
Não meramente para resolver problemas. Mas, sobretudo, por  um sincero desejo de contemplar a Sua face divina.
Era a manifestação da presença do próprio Senhor que Davi buscava. E se empenhava inteiramente nisto, porque sabia que pai e mãe podem falhar no amparo que devem a seus filhos, mas o amparo de Deus nunca falha, porque sempre acolherá de bom grado àqueles que o buscarem com um coração sincero e reto.
Como Davi sabia que esta manifestação da presença do Senhor era dependente de um caminhar em retidão, então ele sempre Lhe pedia que lhe ensinasse o seu caminho e que o guiasse por uma vereda plana, porque desejava dar um bom testemunho de fidelidade à Sua santa vontade, diante de todos os que lhe espreitavam.
Num mundo em que há adversários do amor, da bondade, da verdade e da justiça,  dependemos inteiramente de esperar pelo Senhor, tendo bom ânimo nas aflições, fortificando os nossos corações com a Sua graça.

“O SENHOR é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo?
O SENHOR é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?
Quando malfeitores me sobrevêm para me destruir, meus opressores e inimigos, eles é que tropeçam e caem.
Ainda que um exército se acampe contra mim, não se atemorizará o meu coração; e, se estourar contra mim a guerra, ainda assim terei confiança.
Uma coisa peço ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do SENHOR e meditar no seu templo.
Pois, no dia da adversidade, ele me ocultará no seu pavilhão; no recôndito do seu tabernáculo, me acolherá; elevar-me-á sobre uma rocha.
Agora, será exaltada a minha cabeça acima dos inimigos que me cercam.
No seu tabernáculo, oferecerei sacrifício de júbilo; cantarei e salmodiarei ao SENHOR.
Ouve, SENHOR, a minha voz; eu clamo; compadece-te de mim e responde-me.  Ao meu coração me ocorre: Buscai a minha presença; buscarei, pois, SENHOR, a tua presença. 
Não me escondas, SENHOR, a tua face, não rejeites com ira o teu servo; tu és o meu auxílio, não me recuses, nem me desampares, ó Deus da minha salvação. 
Porque, se meu pai e minha mãe me desampararem, o SENHOR me acolherá. 
Ensina-me, SENHOR, o teu caminho e guia-me por vereda plana, por causa dos que me espreitam.  Não me deixes à vontade dos meus adversários; pois contra mim se levantam falsas testemunhas e os que só respiram crueldade.
Eu creio que verei a bondade do SENHOR na terra dos viventes. 
Espera pelo SENHOR, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo SENHOR.”

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