terça-feira, 4 de dezembro de 2012

SALMO 36 - Salmo de Davi


A inclinação para o mal, ainda que dissimulada, pode dar ao que é dominado por ela, a falsa sensação de que jamais será descoberto, nem odiado, porque o seu orgulho lhes engana, e não permite enxergarem como perversidade abominável a Deus, as obras que eles praticam, as quais preferem chamar de estratagemas políticos, lampejos de grande inteligência, de argúcia, e outros adjetivos pomposos com o fim de se auto justificarem, só que Deus sempre as chamará de falsidade e obra de iniquidade.
É somente na luz do conhecimento do caráter de Deus e da Sua santa vontade, que se pode discernir a corrupção do coração, e além da luz da graça pô-la a descoberto, também tem o poder de extirpá-la e fazer com que em vez de trevas, tenhamos luz em nosso espírito e alma, que nos habilita a fazer o que é bom.  
Mas ao que foge da luz de Jesus, e ama as trevas da iniquidade, até mesmo quando se deita em sua cama, não concilia o sono porque fica maquinando a perversidade, e ao levantar não poderá andar por caminhos retos, e nem ter neles prazer, porque está apegado ao mal.
Todavia, o Senhor permanece imutável em Seu caminho de fidelidade, benignidade e justiça, pelas quais a terra e o que ela contém são preservados.
O salmista cita o cuidado do Senhor até mesmo pelos animais; e isto é um fato notório, que todo aquele que é sensível para o bem, tem um sentimento terno para com toda a criação e procura preservá-la e amá-la.
Somente o Senhor é o manancial de toda a vida, e só é possível ver a luz das coisas espirituais andando na luz do Senhor,que é Ele próprio.
Lembremos que Jesus disse de Si mesmo, ser a luz do mundo.
Por isso a benignidade e a justiça do Senhor só podem ser conhecidas pelos que são retos de coração, e que O conhecem por uma experiência pessoal e íntima com Ele.
Todavia, os obreiros da iniquidade serão tombado e destruídos, pelos juízos de Deus, e não lhes será dado poderem se levantar, porque isto não lhes será permitido pelo Senhor, que os sujeitará a uma condenação eterna, como retribuição a todo o mal que praticaram contra o próximo e contra a preservação das obras das Suas mãos, das quais o homem é apenas mordomo em sua breve passagem neste mundo.

“Há no coração do ímpio a voz da transgressão; não há temor de Deus diante de seus olhos. 
Porque a transgressão o lisonjeia a seus olhos e lhe diz que a sua iniquidade não há de ser descoberta, nem detestada.
As palavras de sua boca são malícia e dolo; abjurou o discernimento e a prática do bem.
No seu leito, maquina a perversidade, detém-se em caminho que não é bom, não se despega do mal.
A tua benignidade, SENHOR, chega até aos céus, até às nuvens, a tua fidelidade.
A tua justiça é como as montanhas de Deus; os teus juízos, como um abismo profundo.
Tu, SENHOR, preservas os homens e os animais.
Como é preciosa, ó Deus, a tua benignidade!
Por isso, os filhos dos homens se acolhem à sombra das tuas asas.
Fartam-se da abundância da tua casa, e na torrente das tuas delícias lhes dás de beber. 
Pois em ti está o manancial da vida; na tua luz, vemos a luz. 
Continua a tua benignidade aos que te conhecem, e a tua justiça, aos retos de coração.
Não me calque o pé da insolência, nem me repila a mão dos ímpios.
Tombaram os obreiros da iniquidade; estão derruídos e já não podem levantar-se.” 


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