Muitos hão de se indagar a si mesmos
como pôde um Deus justo permitir que a
alma que se inteirou tanto da causa da justiça como Davi, e do qual Deus mesmo
declarou ser um homem segundo o Seu próprio coração, passasse por tantos sofrimentos?
A resposta imediata para tal pergunta é
que Ele faz o mesmo com todos aqueles aos quais muito ama, e que os distingue
em seu grande amor também por Ele, com tais sofrimentos com os quais, lhes
identifica com o Seu Filho unigênito, que foi também submetido a terríveis
sofrimentos por amor de nós.
O que diremos de Paulo?
Acaso foi pouco amado por Deus por causa
de tudo o que sofreu? E de Jeremias? E de tantos outros, tanto dos dias
bíblicos, quanto do período da história da Igreja?
Então ter muitos sofrimentos quando nos
consagramos inteiramente ao Senhor não significa que Ele nos ame menos do que a
outros que são poupados, e que têm menos sofrimentos.
Ao contrário é prova de Sua confiança
nestes que sofrem, os quais podem ser provados tal como fizera com Jó, para que
seja glorificado pela firmeza de fé dEles e da sua permanência na fidelidade,
paciência e no amor a Ele, mesmo em face do risco de perderem a própria vida.
“E eles o venceram pelo sangue do
Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até a
morte.” (Apo 12.11).
Então não é de se admirar que em toda a
sua fidelidade a Deus, vejamos Davi mais uma vez lhe clamando por socorro.
E para que envergonhasse aqueles que lhe
demandavam a vida e que se compraziam no seu mal.
Mas que se rejubilassem no Senhor todos
os que O buscavam e que amavam a Sua salvação.
Que estes tivessem sempre palavras pelas
quais magnificassem o nome de Deus.
Davi, apesar de rei, declara-se pobre de
espírito e necessitado do auxílio de Deus, e reconhecendo a sua pequenez
perante Ele, e clamou para que se apressasse em lhe valer naquela hora difícil,
e que fosse o seu amparo e libertador.
“Praza-te, ó Deus, em livrar-me; dá-te pressa, ó
SENHOR, em socorrer-me.
Sejam envergonhados e cobertos de vexame os que me
demandam a vida; tornem atrás e cubram-se de ignomínia os que se comprazem no
meu mal.
Retrocedam por causa da sua ignomínia os que dizem:
Bem-feito! Bem-feito!
Folguem e em ti se rejubilem todos os que te buscam;
e os que amam a tua salvação digam sempre: Deus seja magnificado!
Eu sou pobre e necessitado; ó Deus, apressa-te em
valer-me, pois tu és o meu amparo e o meu libertador.
SENHOR, não te detenhas!”
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