terça-feira, 4 de dezembro de 2012

SALMO 82 – Salmo de Asafe


Neste salmo Deus contende com os magistrados, não somente de Israel, mas de toda a terra.
Os juízes são chamados no Velho Testamento, pela mesma palavra usada muitas vezes para designar o próprio Deus, ou seja Elohiym, que significa pluralidade de majestades ou divindades.
O Senhor lhes deu esta honra de serem assim chamados, porque lhes deu poder para julgarem entre a causa justa e injusta, e até mesmo para dispor das vidas dos malfeitores, sentenciando contra eles cerceamento de liberdade, e até mesmo decidirem sobre a cessação de suas vidas.
Daí serem chamados de deuses, porque receberam poder de libertar ou soltar, de deixar viver ou de matar.
Contudo, deveriam agir com justiça e debaixo do temor do Senhor, e regerem conforme as Suas leis santas e justas.
Mas o salmista revela que eles estavam julgando injustamente e sendo parciais para com a causa dos ímpios.
Todavia deveriam fazer justiça ao fraco e ao órfão, proceder retamente para com o aflito e o desamparado.
Socorrer o fraco e o necessitado e tirá-los das mãos dos ímpios.
Contudo, tais magistrados corrompidos nada sabiam disso, nem podiam entender tais coisas, porque vagueavam nas trevas, e por isso vacilavam os fundamentos da terra, porque não era praticada nela a justiça, e nem era defendida por aqueles que têm o dever de fazê-lo.
Por isso, apesar de chamá-los de Elohiym (deuses), o Senhor tinha uma contenda com eles, e sucumbiriam como homens que eram e são.
Em face de uma justiça terrena falha, o salmista clama para que Deus mesmo exerça juízo na terra.     


“Deus assiste na congregação divina; no meio dos deuses, estabelece o seu julgamento.
Até quando julgareis injustamente e tomareis partido pela causa dos ímpios?
Fazei justiça ao fraco e ao órfão, procedei retamente para com o aflito e o desamparado. Socorrei o fraco e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios. 
Eles nada sabem, nem entendem; vagueiam em trevas; vacilam todos os fundamentos da terra. 
Eu disse: sois deuses, sois todos filhos do Altíssimo.
Todavia, como homens, morrereis e, como qualquer dos príncipes, haveis de sucumbir.
Levanta-te, ó Deus, julga a terra, pois a ti compete a herança de todas as nações.” 


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