quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Habacuque 3

1 Oração do profeta Habacuque sob a forma de canto.
2  Tenho ouvido, ó SENHOR, as tuas declarações, e me sinto alarmado; aviva a tua obra, ó SENHOR, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida; na tua ira, lembra-te da misericórdia.
3 Deus vem de Temã, e do monte Parã vem o Santo. A sua glória cobre os céus, e a terra se enche do seu louvor.
4  O seu resplendor é como a luz, raios brilham da sua mão; e ali está velado o seu poder.
5  Adiante dele vai a peste, e a pestilência segue os seus passos.
6  Ele pára e faz tremer a terra; olha e sacode as nações. Esmigalham-se os montes primitivos; os outeiros eternos se abatem. Os caminhos de Deus são eternos.
7  Vejo as tendas de Cusã em aflição; os acampamentos da terra de Midiã tremem.
8  Acaso, é contra os rios, SENHOR, que estás irado? É contra os ribeiros a tua ira ou contra o mar, o teu furor, já que andas montado nos teus cavalos, nos teus carros de vitória?
9  Tiras a descoberto o teu arco, e farta está a tua aljava de flechas. Tu fendes a terra com rios.
10  Os montes te veem e se contorcem; passam torrentes de água; as profundezas do mar fazem ouvir a sua voz e levantam bem alto as suas mãos.
11  O sol e a lua param nas suas moradas, ao resplandecer a luz das tuas flechas sibilantes, ao fulgor do relâmpago da tua lança.
12  Na tua indignação, marchas pela terra, na tua ira, calcas aos pés as nações.
13  Tu sais para salvamento do teu povo, para salvar o teu ungido; feres o telhado da casa do perverso e lhe descobres de todo o fundamento.
14  Traspassas a cabeça dos guerreiros do inimigo com as suas próprias lanças, os quais, como tempestade, avançam para me destruir; regozijam-se, como se estivessem para devorar o pobre às ocultas.
15  Marchas com os teus cavalos pelo mar, pela massa de grandes águas.
16 Ouvi-o, e o meu íntimo se comoveu, à sua voz, tremeram os meus lábios; entrou a podridão nos meus ossos, e os joelhos me vacilaram, pois, em silêncio, devo esperar o dia da angústia, que virá contra o povo que nos acomete.
17  Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado,
18  todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação.
19  O SENHOR Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente. Ao mestre de canto. Para instrumentos de cordas.”

Qual foi o efeito da resposta que Deus deu a Habacuque no capítulo anterior?
Avivamento imediato sobre toda a nação de Judá?
Não.
Produziu avivamento no coração do próprio profeta e o levou a clamar por um avivamento não apenas de Judá, mas por um avivamento mundial, em todas as partes da terra. 
Ele passou imediatamente a exultar no Senhor e a clamar por um avivamento mundial.
Seu coração se encheu de esperança, porque o Senhor lhe havia revelado tanto a causa como a solução dos problemas dos que vivem no mundo.
Fé é a solução do problema.
E por conseguinte, falta de fé, é a causa mesma do problema. 
Nosso desafio portanto, se desejamos uma vida melhor para as pessoas, é o de propagar a fé em Jesus Cristo, que é a solução, para fazer prevalecer a misericórdia de Deus e não a Sua ira, contra um mundo pecador como o nosso.
Além disso, Deus havia revelado a Habacuque que não deixaria a impiedade das nações sem o devido castigo. Que Ele mesmo advoga a causa dos oprimidos contra os seus opressores.   
Então o profeta explodiu em adoração ao Senhor, com clamores e louvores, na oração que lhe fez, e que encontramos registrada neste terceiro capítulo.
É uma grande oração esta que fez Habacuque, porque temos nela o mover do Espírito Santo, que o levou a orar de tal maneira e com estas palavras.
Tão cheio ele estava do Espírito, que não somente orou, mas louvou com estas palavras em forma de um cântico que lhe foi dado pelo Espírito, mas de cujas notas musicais, podemos ainda sentir o aroma, apesar delas terem sido perdidas com o tempo.
Habacuque viu a glória de Deus cobrindo os céus, e toda a terra se enchia do Seu louvor (v. 3).
Ele viu o resplendor da glória do Senhor, como uma luz brilhante, como raios que brilhavam na Sua mão, e que manifestavam o Seu grande poder (v. 4). 
Com peste e pestilência fere e sacode as nações, e faz tremer a terra. Ele derrubou os montes e os abateu, apesar de estarem elevados há tanto tempo, e abriu por eles caminho. O profeta viu que os caminhos de Deus são eternos.
O Senhor conturba a terra com grandes cataclismas, mas não é contra os rios e os mares que Ele está irado. 
Deus dispara as Suas flechas sobre a terra, e a fende com rios. O sol e a lua param ao resplandecer da luz das flechas sibilantes do Senhor, e ao fulgor do relâmpago da Sua lança.
Na Sua indignação, o Senhor marcha pela terra, e na Sua ira calca aos pés as nações.
Ele faz isto para sair para salvar o Seu povo, para salvar o Seu povo ungido, ou seja, aqueles que têm o Espírito Santo, e para isto, o Senhor quebra o telhado da casa do perverso, e põe-lhes a descoberto todo o fundamento.
À vista da grande glória do Senhor, como um Grande guerreiro com lanças e flechas (armas de guerra da época) tão poderosas que podem abrir rios, e destruir os montes, as flechas e lanças dos babilônios, em cujo poder eles tanto se gloriavam, eram menos do que pequenos palitos, que não podiam gerar qualquer temor naqueles que estão debaixo da proteção deste Grande Deus, o Senhor dos Exércitos.
Ao ouvir o estrondo dos exércitos celestiais marchando sobre a terra (os Seus anjos), para defender o povo do Senhor, o coração do profeta se comoveu em seu íntimo, e os seus lábios tremeram, e ele sentiu os seus ossos ficarem como apodrecidos, de modo que seus joelhos vacilaram (tremeram, perderam a firmeza), porque viu quão grande angústia viria sobre Babilônia, a quem seria dado acometer o povo de Judá. O profeta aprendeu que não deveria mais se queixar de nada ao Senhor, quanto à iniquidade e injustiça que há na terra, mas permanecer em silêncio diante dEle, porque é o grande Juiz que julga toda a terra, e que tem todo o poder para exercer e fazer prevalecer os Seus juízos.
Disto devemos aprender que não há nenhum proveito em meramente condenarmos as práticas de uma sociedade corrompida pelo pecado, porque somente isto, de nada valerá para transformá-la numa sociedade mais justa, senão orarmos ao Senhor por um avivamento, e por nos empenharmos na causa do evangelho por amor às almas perdidas.    
Então Habacuque louvou ao Senhor com as seguintes palavras, bem conhecidas de todos nós:
“17  Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado,
18  todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação.
19  O SENHOR Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente.” (Hc 3.17-19 a)
Todos que experimentam em seu interior, uma tal revelação, no Espírito, como a que experimentara Habacuque, descansam no Senhor, e já não andam inquietos quanto às calamidades que há no mundo, porque entendem que o Senhor está agindo e levando tudo em consideração apesar de parecer a muitos que se encontra indiferente e de braços cruzados.

Ao contrário, sabemos que está agindo e muito atuante, porque sentimos o mover do Seu Espírito em nossos corações nos dando força e alegria para nos empenharmos na Sua obra. 

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