quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Isaías - cap 37 a 39

Isaías 37

“1 Tendo ouvido isso o rei Ezequias, rasgou as suas vestes, e se cobriu de saco, e entrou na casa do Senhor.
2 Também enviou Eliaquim, o mordomo, Sebna, o escrivão, e os anciãos dos sacerdotes, cobertos de saco, a Isaías, filho de Amoz, o profeta,
3 para lhe dizerem: Assim diz Ezequias: Este dia é dia de angústia e de vitupérios, e de blasfêmias, porque chegados são os filhos ao parto, e força não há para os dar à luz.
4 Porventura o Senhor teu Deus terá ouvido as palavras de Rabsaqué, a quem enviou o rei da Assíria, seu amo, para afrontar o Deus vivo, e para o vituperar com as palavras que o Senhor teu Deus tem ouvido; faze oração pelo resto que ficou.
5 Foram, pois, os servos do rei Ezequias ter com Isaías,
6 e Isaías lhes disse: Dizei a vosso amo: Assim diz o Senhor: Não temas à vista das palavras que ouviste, com as quais os servos do rei da Assíria me blasfemaram.
7 Eis que meterei nele um espírito, e ele ouvirá uma nova, e voltará para a sua terra; e fá-lo-ei cair morto à espada na sua própria terra.
8 Voltou pois Rabsaqué, e achou o rei da Assíria pelejando contra Libna; porque ouvira que se havia retirado de Laquis.
9 Então ouviu ele dizer a respeito de Tiraca, rei da Etiópia: Saiu para te fazer guerra. Assim que ouviu isto, enviou mensageiros a Ezequias, dizendo:
10 Assim falareis a Ezequias, rei de Judá: Não te engane o teu Deus, em quem confias, dizendo: Jerusalém não será entregue na mão do rei da Assíria.
11 Eis que já tens ouvido o que fizeram os reis da Assíria a todas as terras, destruindo-as totalmente; e serás tu livrado?
12 Porventura as livraram os deuses das nações que meus pais destruíram: Gozã, e Harã, e Rezefe, e os filhos de Edem que estavam em Telassar?
13 Onde está o rei de Hamate, e o rei de Arpade, e o rei da cidade de Sefarvaim, Hena e Iva?
14 Recebendo pois Ezequias as cartas das mãos dos mensageiros, e lendo-as, subiu à casa do Senhor; e Ezequias as estendeu perante o Senhor.
15 E orou Ezequias ao Senhor, dizendo:
16 O Senhor dos exércitos, Deus de Israel, tu que estás sentado sobre os querubins; tu, só tu, és o Deus de todos os reinos da terra; tu fizeste o céu e a terra.
17 Inclina, ó Senhor, o teu ouvido, e ouve; abre, Senhor, os teus olhos, e vê; e ouve todas as palavras de Senaqueribe, as quais ele mandou para afrontar o Deus vivo.
18 Verdade é, Senhor, que os reis da Assíria têm assolado todos os países, e suas terras,
19 e lançado no fogo os seus deuses; porque deuses não eram, mas obra de mãos de homens, madeira e pedra; por isso os destruíram.
20 Agora, pois, ó Senhor nosso Deus, livra-nos da sua mão, para que todos os reinos da terra saibam que só tu és o Senhor.
21 Então Isaías, filho de Amoz, mandou dizer a Ezequias: Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Portanto me fizeste a tua súplica contra Senaqueribe, rei de Assíria,
22 esta é a palavra que o Senhor falou a respeito dele: A virgem, a filha de Sião, te despreza, e de ti zomba; a filha de Jerusalém meneia a cabeça por detrás de ti.
23 A quem afrontaste e de quem blasfemaste? contra quem alçaste a voz e ergueste os teus olhos ao alto? Contra o Santo de Israel.
24 Por meio de teus servos afrontaste o Senhor, e disseste: Com a multidão dos meus carros subi eu aos cumes dos montes, aos últimos recessos do Líbano; e cortei os seus altos cedros e as suas faias escolhidas; e entrei no seu cume mais elevado, no bosque do seu campo fértil.
25 Eu cavei, e bebi as águas; e com as plantas de meus pés sequei todos os rios do Egito.
26 Não ouviste que já há muito tempo eu fiz isso, e que já desde os dias antigos o tinha determinado? Agora porém o executei, para que fosses tu o que reduzisses as cidades fortificadas a montões de ruínas.
27 Por isso os seus moradores, dispondo de pouca força, andaram atemorizados e envergonhados; tornaram-se como a erva do campo, e como a relva verde, e como o feno dos telhados ou dum campo, que se queimaram antes de amadurecer.
28 Mas eu conheço o teu sentar, o teu sair e o teu entrar, e o teu furor contra mim.
29 Por causa do teu furor contra mim, e porque a tua arrogância subiu até os meus ouvidos, portanto porei o meu anzol no teu nariz e o meu freio na tua boca, e te farei voltar pelo caminho por onde vieste.
30 E isto te será por sinal: este ano comereis o que espontaneamente nascer, e no segundo ano o que daí proceder; e no terceiro ano semeai e colhei, plantai vinhas, e comei os frutos delas.
31 Pois o restante da casa de Judá, que sobreviveu, tornará a lançar raízes para baixo, e dará fruto para cima.
32 Porque de Jerusalém sairá o restante, e do monte Sião os que escaparam; o zelo do Senhor dos exércitos fará isso.
33 Portanto, assim diz o Senhor acerca do rei da Assíria: Não entrará nesta cidade, nem lançará nela flecha alguma; tampouco virá perante ela com escudo, ou levantará contra ela tranqueira.
34 Pelo caminho por onde veio, por esse voltará; mas nesta cidade não entrará, diz o Senhor.
35 Porque eu defenderei esta cidade, para a livrar, por amor de mim e, por amor do meu servo Davi.
36 Então saiu o anjo do Senhor, e feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil; e quando se levantaram pela manhã cedo, eis que todos estes eram corpos mortos.
37 Assim Senaqueribe, rei da Assíria, se retirou, e se foi, e voltou, e habitou em Nínive.
38 E sucedeu que, enquanto ele adorava na casa de Nisroque, seu deus, Adrameleb, que e Sarezer, seus filhos, o mataram à espada; e escaparam para a terra de Arará. E Ezar-Hadom, seu filho, reinou em seu lugar.”

Ainda que o Senhor possa perdoar e salvar a qualquer que tenha desonrado o Seu nome, blasfemando dEle, especialmente na dispensação da graça, conforme nos ensinou o próprio Jesus (Mt 12.32), no entanto isto não é algo que possa ser feito sem que não nos exponhamos a um grande risco de sofrer juízos do Senhor para vindicar a santidade do Seu nome, ao qual ele atribui grande estima e honra, a ponto de ter incluído um mandamento específico entre os dez mandamentos da Lei de Moisés, pelo qual proíbe o uso vão do Seu santo nome, e interpôs uma ameaça, afirmando que não terá por inocente a todo que vier a fazê-lo (Êx 20.7).
Não admira portanto, que Jesus tenha também ensinado o dever de santificar o nome de Deus como a primeira coisa a ser lembrada em nossas orações (Mt 6.9).
E era exatamente contra o grande nome de Deus que os assírios estavam blasfemando, e então, qual seria a resposta que eles poderiam esperar da parte do Senhor na vindicação do Seu santo nome?
Este capítulo revela a resposta. E ainda que Ezequias não tivesse se humilhado e buscado o Seu auxílio, pedindo que Ele fosse consultado pelo profeta Isaías, os assírios receberiam das Suas poderosas mãos o devido castigo. E 185.000 homens do exército deles, que se encontrava acampado ao redor de Jerusalém, foram destruídos a um só tempo, pelo anjo do Senhor, na mesma noite em que o Senhor deu resposta à oração de Ezequias, através do profeta Isaías, na forma de uma resposta à carta afrontosa que Senaqueribe havia enviado a Ezequias.
E o rei assírio fugiu apavorado para a sua terra por ter visto a grande destruição que o próprio Deus fizera em seu exército sem qualquer auxílio de mãos humanas, e quando ele estava adorando no templo do deus Nisroque, em Nínive, capital da Assíria, dois de seus próprios filhos o mataram à espada no  templo em que ele se encontrava, e com isto o Senhor revelou a ele qual era o poder do deus Nisroque para livrá-lo das Suas mãos, e dos seus inimigos, pois, como ele se exaltara sobre o Senhor em nome deste deus falso, ele não foi capaz sequer de livrá-lo daqueles que eram da sua própria casa, e um outro filho dele, chamado Esar-Hadom, assumiu o reino da Assíria.
Este capítulo é auto-explicativo em quase tudo o que contém e dispensa qualquer comentário, e por isso recomendamos uma releitura do próprio texto bíblico, especialmente das seguintes passagens:
a) O pedido que Ezequias fez a Isaías através dos mensageiros que lhe enviou, para que orasse ao Senhor em favor de Judá, pela vindicação que o Senhor faria da santidade do Seu nome que havia sido blasfemado pelos assírios.
b) A resposta inicial que o Senhor deu a Ezequias através do profeta Isaías, prometendo que faria Senaqueribe voltar à Assíria onde seria morto à espada.
c) A oração que Ezequias fez no templo depois de ter recebido uma carta de Senaqueribe na qual lhe dizia pra que não confiasse no Seu Deus.
d) A resposta que Deus deu à oração de Ezequias enviando-lhe uma mensagem através do profeta Isaías.
Para melhor informação de toda a fidelidade de Ezequias para com o Senhor antes de ter-se levantado Senaqueribe contra ele, podem ser consultados os capítulos 29 a 31 de II Crônicas, em que vemos sobretudo o seu esforço para cumprir em Judá tudo o que estava contido na Lei de Moisés.


Isaías 38

“1 Naqueles dias Ezequias adoeceu e esteve à morte. E veio ter com ele o profeta Isaías, filho de Amoz, e lhe disse: Assim diz o Senhor: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não viverás.
2 Então virou Ezequias o seu rosto para a parede, e orou ao Senhor,
3 e disse: Lembra-te agora, ó Senhor, peço-te, de que modo tenho andado diante de ti em verdade, e com coração perfeito, e tenho feito o que era reto aos teus olhos. E chorou Ezequias amargamente.
4 Então veio a palavra do Senhor a Isaías, dizendo:
5 Vai e dize a Ezequias: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi teu pai: Ouvi a tua oração, e vi as tuas lágrimas; eis que acrescentarei aos teus dias quinze anos.
6 Livrar-te-ei das mãos do rei da Assíria, a ti, e a esta cidade; eu defenderei esta cidade.
7 E isto te será da parte do Senhor como sinal de que o Senhor cumprirá esta palavra que falou:
8 Eis que farei voltar atrás dez graus a sombra no relógio de Acaz, pelos quais já declinou com o sol. Assim recuou o sol dez graus pelos quais já tinha declinado.
9 O escrito de Ezequias, rei de Judá, depois de ter estado doente, e de ter convalescido de sua enfermidade.
10 Eu disse: Na tranquilidade de meus dias hei de entrar nas portas do Seol; estou privado do resto de meus anos.
11 Eu disse: Já não verei mais ao Senhor na terra dos viventes; jamais verei o homem com os moradores do mundo.
12 A minha habitação já foi arrancada e arrebatada de mim, qual tenda de pastor; enrolei como tecelão a minha vida; ele me corta do tear; do dia para a noite tu darás cabo de mim.
13 Clamei por socorro até a madrugada; como um leão, assim ele quebrou todos os meus ossos; do dia para a noite tu darás cabo de mim.
14 Como a andorinha, ou o grou, assim eu chilreava; e gemia como a pomba; os meus olhos se cansavam de olhar para cima; ó Senhor, ando oprimido! fica por meu fiador.
15 Que direi? como mo prometeu, assim ele mesmo o cumpriu; assim passarei mansamente por todos os meus anos, por causa da amargura da minha alma.
16 Ó Senhor por estas coisas vivem os homens, e inteiramente nelas está a vida do meu espírito; portanto restabelece-me, e faze-me viver.
17 Eis que foi para minha paz que eu estive em grande amargura; tu, porém, amando a minha alma, a livraste da cova da corrupção; porque lançaste para trás das tuas costas todos os meus pecados.
18 Pois não pode louvar-te o Seol, nem a morte cantar-te os louvores; os que descem para a cova não podem esperar na tua verdade.
19 O vivente, o vivente é que te louva, como eu hoje faço; o pai aos filhos faz notória a tua verdade.
20 O Senhor está prestes a salvar-me; pelo que, tangendo eu meus instrumentos, nós o louvaremos todos os dias de nossa vida na casa do Senhor.
21 Ora Isaías dissera: Tomem uma pasta de figos, e a ponham como cataplasma sobre a úlcera; e Ezequias sarará.
22 Também dissera Ezequias: Qual será o sinal de que hei de subir à casa do Senhor?”

Ezequias reinou 29 anos (18.2). Foi no 14º ano do seu reinado que Senaqueribe subiu contra ele como vemos em II Rs 18.13.   
Como neste capitulo é dito que o Senhor lhe acrescentou 15 anos de vida, quando ele estava com uma enfermidade que era para morte, então nós podemos concluir que foi exatamente no 14º ano do seu reinado quando foi cercado pelas tropas da Assíria, que o Senhor lhe dissera através de Isaías, que ele morreria.
Ele tinha dedicado toda a sua vida em buscar ao Senhor, e queria viver para dar continuidade à obra de reforma que estava realizando para o Senhor em Judá.
Nós vemos que Ezequias foi provado em toda a sua fidelidade. Ele estava sendo provado duramente em sua fé não somente pela invasão dos assírios quanto por uma grave enfermidade, da qual lhe foi dito pelo Senhor pelo seu profeta, que resultaria na sua morte.
E pela fé ele pôde vencer não somente os assírios, como também a enfermidade, porque ele argumentou com o Senhor baseado na grande fidelidade que vinha tendo para com Ele, e se firmou nas Suas promessas, em recompensar a obediência aos Seus mandamentos, conforme consta na Sua Palavra, como em Lev 26.3-12, por exemplo.
Ao que tudo indica a palavra que o Senhor deu a Ezequias através de Isaías, que ele morreria, era realmente para provar a fé dele, assim como havia feito com Abraão em relação a Isaque no passado, porque Manassés, seu filho, que viria a sucedê-lo, tinha apenas 12 anos quando subiu ao trono (II Crôn 33.1), e assim, ele foi gerado por Ezequias 3 anos depois de ter sido curado pelo Senhor da sua grave enfermidade. E como poderia o trono de Davi ficar sem sucessor caso ele tivesse morrido antes de ter gerado Manassés? Como Josias seria gerado caso viesse a falhar a sucessão da linhagem de Davi ao trono, depois de Ezequias? Entretanto, poderoso era o Senhor para gerar um filho a Manassés mesmo no período em que se encontrava enfermo, e assim, tudo isto não passa apenas de cogitações porque não há impossíveis para Deus.
É interessante observar que mesmo tendo o Senhor prometido uma cura miraculosa a Ezequias, o profeta Isaías ordenou que se fizesse uma pasta de figos para ser colocada sobre o local da enfermidade, porque com isto a úlcera seria curada.
Certamente isto tinha em vista colocar à prova a obediência de Ezequias ao profeta e para auxiliá-lo na sua fé de que seria de fato curado, tal como Jesus havia feito com o lodo que aplicou aos olhos do cego, de modo que não houvesse dúvida no coração do rei, que deveria estar dividido em razão de o mesmo profeta ter-lhe dito antes que o Senhor afirmara que ele morreria daquela enfermidade. E tão dividido ele ainda se encontrava entre os pensamentos sobre uma possível morte e uma possível cura que ele pediu ao profeta um sinal de que seria de fato curado como vemos no relato paralelo deste texto no livro de II Reis, apesar de aqui no texto de Isaías estar sendo afirmado diretamente o sinal que seria dado por Deus no versos 7 e 8. Contudo no final do capítulo, está registrada a pergunta de Ezequias quanto ao sinal de que subiria à casa do Senhor para adorá-lo.  
No livro de II Reis nós lemos que Isaías propôs a Ezequias como resposta ao seu pedido de um sinal,  algo sobrenatural que somente o Senhor poderia fazer, a saber, que ele escolhesse entre o avançar ou o retroceder da sombra do relógio solar em 10 graus. Como o avançar é o movimento natural, ainda que o avanço súbito de 10 graus num só instante somente poderia ser efetuado pelo poder sobrenatural do Senhor, governante do universo, então ele pediu que a sombra retrocedesse em vez de avançar, e isto sucedeu quando Isaías orou pedindo que o Senhor o fizesse como sinal de que o rei seria curado.
Nós versos 10 a 20 nós temos o registro da carta memorial que Ezequias escreveu como demonstração de louvor e gratidão a Deus por ter sido curado por Ele. 


Isaías 39

“1 Naquele tempo enviou Merodaque-Baladã, filho de Baladã, rei de Babilônia, cartas e um presente a Ezequias; porque tinha ouvido dizer que havia estado doente e que já tinha convalescido.
2 E Ezequias se alegrou com eles, e lhes mostrou a casa do seu tesouro, a prata, e o ouro, e as especiarias, e os melhores unguentos, e toda a sua casa de armas, e tudo quanto se achava nos seus tesouros; coisa nenhuma houve, nem em sua casa, nem em todo o seu domínio, que Ezequias lhes não mostrasse.
3 Então o profeta Isaías veio ao rei Ezequias, e lhe perguntou: Que foi que aqueles homens disseram, e donde vieram ter contigo? Respondeu Ezequias: Duma terra remota vieram ter comigo, de Babilônia.
4 Ele ainda perguntou: Que foi que viram em tua casa? Respondeu Ezequias: Viram tudo quanto há em minha casa; coisa nenhuma há nos meus tesouros que eu deixasse de lhes mostrar.
5 Então disse Isaías a Ezequias: Ouve a palavra do Senhor dos exércitos:
6 Eis que virão dias em que tudo quanto houver em tua casa, juntamente com o que entesouraram teus pais até o dia de hoje, será levado para Babilônia; não ficará coisa alguma, disse o Senhor.
7 E dos teus filhos, que de ti procederem, e que tu gerares, alguns serão levados cativos, para que sejam eunucos no palácio do rei de Babilônia.
8 Então disse Ezequias a Isaías: Tua é a palavra do Senhor que disseste. Disse mais: Porque haverá paz e verdade em meus dias.”

Nos dias de Ezequias, Babilônia se encontrava debaixo do poder da Assíria (II Rs 17.24), mas o rei de Babilônia sabendo que Ezequias se encontrava enfermo, enviou-lhe uma embaixada portando cartas e um presente (v. 12), e Ezequias mostrou a eles tudo o que havia em Jerusalém, sem saber que aquilo serviria para despertar a cobiça deles no futuro em face das grandes riquezas que eles viram sobretudo no palácio real.
E o Senhor disse a Ezequias através do profeta Isaías o que os babilônios viriam a fazer em Judá, não somente saqueando os tesouros que Ezequias havia juntado, como também levariam cativos os seus descendentes para Babilônia.

Não podemos pesar os motivos de Ezequias e com que tom ele disse a Isaías que boas eram aquelas palavras que o Senhor pronunciara através dele, porque todo este mal não ocorreria em seus dias. Entretanto não podemos afirmar que houve qualquer ironia nelas em face da piedade do rei e a honra que ele devotava ao Senhor e ao Seu profeta. Elas podem sim, ter expressado o seu alívio quando soube que aquele grande mal não ocorreria enquanto ele estivesse vivendo. 

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