quinta-feira, 10 de outubro de 2013

NAUM 3

“1 Ai da cidade ensanguentada! Ela está toda cheia de mentiras e de rapina! da presa não há fim!
2 Eis o estrépito do açoite, e o estrondo das rodas, os cavalos que curveteiam e os carros que saltam;
3 o cavaleiro que monta, a espada rutilante, a lança reluzente, a, multidão de mortos, o montão de cadáveres, e defuntos inumeráveis; tropeçam nos cadáveres;
4 tudo isso por causa da multidão dos adultérios, da meretriz formosa, da mestra das feitiçarias, que vende nações por seus deleites, e famílias pelas suas feitiçarias.
5 Eis que eu estou contra ti, diz o Senhor dos exércitos; e levantarei as tuas fraldas sobre a tua face; e às nações mostrarei a tua nudez, e seus reinos a tua vergonha.
6 Lançarei sobre ti imundícias e te tratarei com desprezo, e te porei como espetáculo.
7 E há de ser todos os que te virem fugirão de ti, e dirão: Nínive esta destruída; quem terá compaixão dela? Donde te buscarei consoladores?
8 És tu melhor do que Tebas, que se sentava à beira do Nilo, cercada de águas, tendo por baluarte o mar, e as águas por muralha,
9 Etiópia e Egito eram a sua força, que era inesgotável; Pute e Líbia eram teus aliados.
10 Todavia ela foi levada, foi para o cativeiro; também os seus pequeninos foram despedaçados nas entradas de todas as ruas, e sobre os seus nobres lançaram sortes, e todos os seus grandes foram presos em grilhões.
11 Tu também serás embriagada, e ficarás escondida; e buscarás um refúgio do inimigo.
12 Todas as tuas fortalezas serão como figueiras com figos temporãos; sendo eles sacudidos, caem na boca do que os há de comer.
13 Eis que as tuas tropas no meio de ti são como mulheres; as portas da tua terra estão de todo abertas aos teus inimigos; o fogo consome os teus ferrolhos.
14 Tira água para o tempo do cerco; reforça as tuas fortalezas; entra no lodo, pisa o barro, pega na forma para os tijolos.
15 O fogo ali te consumirá; a espada te exterminará; ela te devorará como a locusta. Multiplica-te como a locusta, multiplica-te como o gafanhoto.
16 Multiplicaste os teus negociantes mais do que as estrelas do céu; a locusta estende as asas e sai voando.
17 Os teus príncipes são como os gafanhotos, e os teus chefes como enxames de gafanhotos, que se acampam nas sebes nos dias de frio; em subindo o sol voam, e não se sabe o lugar em que estão.
18 Os teus pastores dormitam, ó rei da Assíria; os teus nobres dormem, o teu povo está espalhado pelos montes, sem que haja quem o ajunte.
19 Não há cura para a tua ferida; a tua chaga é grave. Todos os que ouvirem a tua fama baterão as palmas sobre ti; porque, sobre quem não tem passado continuamente a tua malícia?”

Esta profecia de Naum é um grande alerta para as nações que se enriquecem à custa da sua maquinaria de guerra, derramando sangue inocente em muitas nações.
O Senhor tem um juízo contra elas, tal como tivera contra Nínive no passado.   
Por isso tem determinado um dia em que as reunirá no vale de Megido, sob o Anticristo, para que tanto ele, quanto elas, recebam a devida paga pelas suas iniquidades.
Está determinado pelo Senhor que o homem não prevalecerá pela força, de modo que todo povo ou nação que tiver buscado se engrandecer por este caminho, virá a sucumbir perante Ele, tal como fizera no passado em relação a muitas nações poderosas, para que servissem de ilustração, do exemplo que não deve ser seguido pelas nações que desejem de fato prosperar e serem abençoadas por Deus.    
  A iniquidade de Tebas era menor do que a de Nínive, e no entanto, ela havia sido submetida a um juízo do Senhor, quanto mais então a Assíria não poderia dar como certo o dia da visitação da Sua iniquidade?
Foi pronunciada portanto uma aflição (ai!) contra a cidade ensanguentada de Nínive, isto é, que havia se fortificado com o derramamento de sangue de muitos povos conquistados.
Eles haviam feito montões de cadáveres e se regozijavam nisto, gloriando-se das enormes pilhas de ossos daqueles que haviam sido assassinados por eles.  
E estes que haviam sido mortos por eles, foram vendidos pelos oráculos de feiticeiras e meretrizes, que indicavam aos reis assírios, sendo usadas pelo diabo, quais as nações que deveriam ser subjugadas e a forma de crueldade que deveriam usar contra elas, para rapiná-las, e tudo isto fizeram para aumentarem a própria riqueza e prestígio delas junto aos príncipes de Nínive.  
Então, a sentença do Senhor contra eles não poderia ser outra senão a que lemos nos versos 5 a 7:

“5 Eis que eu estou contra ti, diz o Senhor dos exércitos; e levantarei as tuas fraldas sobre a tua face; e às nações mostrarei a tua nudez, e seus reinos a tua vergonha.
6 Lançarei sobre ti imundícias e te tratarei com desprezo, e te porei como espetáculo.
7 E há de ser todos os que te virem fugirão de ti, e dirão: Nínive esta destruída; quem terá compaixão dela? Donde te buscarei consoladores?”

Nínive buscaria se refugiar do inimigo quando este viesse contra ela, mas não poderia achá-lo, porque seria sitiada, de maneira que é aconselhada na profecia a juntar água no interior de suas portas para poder resistir ao tempo do cerco que seria levantado contra ela.
Suas tropas ficariam atemorizadas e retidas no interior da cidade sem poderem resistir à invasão de Babilônia, que queimaria todas as portas de Nínive.  
Os príncipes fugiriam para as campinas, bem como os assírios seriam espalhados pelos montes, sem poderem se organizar em ordem de batalha, porque os líderes procurariam, cada um de per si, salvar a própria pele deles, ao perceberem que seria vã qualquer tentativa de resistência ao poder do inimigo. 
A ferida que lhes seria feita, da parte do Senhor, seria incurável, de modo que todos os que haviam sido oprimidos pelos assírios, ao ouvirem o que lhes havia sucedido, se regozijariam batendo palmas sobre a ruína deles, porque reconheceriam nisto um justo castigo por toda a maldade que eles haviam praticado.

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