quinta-feira, 10 de outubro de 2013

PROVÉRBIOS 29




Provérbios 29




Silvio Dutra




Mar/2016







 
  A474
            Alves, Silvio Dutra
                  Provérbios 29./ Silvio Dutra Alves. – Rio de Janeiro,
                  2016.
                  30p.; 14,8x21cm

                 1. Teologia. 2. Salomão. 3. Estudo Bíblico.
             I. Título.
                                                        
                                                                             CDD 230.223




Provérbios 29
1 O Homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será destruído sem que haja remédio.
Temos descrita aqui a obstinação de muitas pessoas ímpias em um mau caminho que é para ser muito lamentado.
Eles são muitas vezes repreendidos por pais e amigos, por magistrados e ministros, pela providência de Deus e por suas próprias consciências, tendo os seus pecados colocados diante deles e avisados das suas consequências, mas tudo é em vão; pois endurecem a sua cerviz, recusando-se a se inclinarem em humildade diante do Senhor, confessando a sua culpa.
Eles recusam a repreensão (Prov 10.17), desprezam-na (Prov 5.12) e a odeiam (Prov 12.1).
Esta obstinação deve ser muito temida, pois aqueles que permanecem no pecado, apesar de serem advertidos, serão destruídos; sem que haja esperança para eles de serem curados.


2 Quando os justos governam, o povo se alegra, mas quando o ímpio domina, o povo geme.
O significado deste provérbio foi comentado anteriormente em Provérbios 28.12,28, onde registramos o seguinte:
O conforto do povo de Deus é a honra da nação em que vivem.
Há uma grande glória habitando na terra quando os justos governam, porque isto não somente exalta a Deus, como faz bem ao povo, por uma administração de justiça e de paz.
Mas, o avanço dos ímpios é o eclipse da beleza de uma nação; pois quando assumem as posições de liderança, opõem-se a tudo o que é justo e sagrado, e todas as formas de opressão passam a ser vistas na terra, fazendo com que os homens se escondam do alcance das más ações deles.
As pessoas vão realmente se alegrar ou chorar de acordo com os seus governantes, caso sejam, respectivamente, justos ou ímpios.
    

3 O homem que ama a sabedoria alegra a seu pai, mas o companheiro de prostitutas desperdiça os bens.
Aquele cujo coração é sábio por ser instruído e dirigido por Deus evita as  más companhias e, especialmente, a companhia de mulheres lascivas; e nisto alegra seus pais, e tem a satisfação de ser um conforto para eles, tanto no sentido moral espiritual, quanto ao secular, por não desperdiçar os seus bens com a luxúria.
Nada vai empobrecer mais cedo os homens do que os desejos da imundícia.





      
4 O rei com juízo sustém a terra, mas o amigo de subornos a transtorna.
Temos aqui a felicidade de um povo sob um bom governo.
O cuidado e negócios de um bom governante são um sustentáculo para a manutenção da boa ordem na terra, por defender suas leis fundamentais, por garantir a liberdade e propriedades dos cidadãos, e fazer com que as decisões judiciais sejam dirigidas por sábios conselhos e pela administração constante da justiça, sem se fazer  acepção de pessoas.






5 O homem que lisonjeia o seu próximo arma uma rede aos seus passos.
A lisonja fácil é na verdade uma armadilha para ludibriar os incautos, de maneira a se tirar vantagem deles.
Por isso é sábio que se suspeite daqueles que nos lisonjeiam, uma vez que podem estar abrigando  secretamente maus intentos em relação a nós.
Somente o fato de alguém acender o nosso orgulho, tornando-nos vaidosos, já é um grande prejuízo, uma vez que nos convém andarmos em constante humildade.




      
6 Na transgressão do homem mau há laço, mas o justo jubila e se alegra.
Não há apenas o perigo da punição sobre uma disposição pecaminosa, porque no fim, há um laço nela.
Um pecado é uma ponte para outro, e há problemas que, como um laço, vêm de repente sobre os homens maus em meio às suas transgressões; ou como consequência posterior a elas, na forma de sequelas.
A armadilha que se encontra na transgressão dos maus estraga toda a sua alegria, mas os justos são livrados dessas armadilhas, e andam em liberdade, caminhando em segurança, e, portanto, cantando e se alegrando.
Aqueles que fazem de Deus a sua maior felicidade tê-lo-ão como a sua grande alegria, e nele sempre se regozijarão.


     

7 O justo se informa da causa dos pobres, mas o ímpio nem sequer toma conhecimento.
Quem é justo não julga por aparência ou por condição social, senão segundo a reta justiça divina, e esta determina que assim se proceda especialmente, em relação aos pobres.
Temos então aqui a descrição do caráter de um juiz justo que considera a causa dos pobres.
É dever de todo homem considerar os pobres, mas o julgamento dos pobres deve ser considerado por aqueles que se assentam em tribunais (Sl 41.1).
Eles devem exercer o máximo de esforço para assegurar o direito em causa tanto de um homem pobre quanto de um homem rico.





8 Os homens escarnecedores alvoroçam a cidade, mas os sábios desviam a ira.
Temos aqui os homens que são perigosos para o público - homens escarnecedores. Quando estes são empregados nos negócios do Estado eles fazem coisas ilegais e injustificáveis, porque  desprezam as leis e a Constituição; eles quebram a boa-fé das pessoas porque  desprezam honrar a sua palavra, do mesmo modo que desprezam o próprio povo.
Assim, eles trazem uma cidade em um laço pela sua conduta insensata, produzindo ira na população.
Tais homens são as pragas de sua geração; pois trazem os juízos de Deus sobre a terra.
Mas, aqueles que são sábios no seu proceder e agem do modo justo conforme é requerido por Deus, desviam a Sua ira e a das pessoas que governam, por conselhos prudentes, e conciliando partes, para evitar as consequências perniciosas de divisões.
Homens orgulhosos e insensatas acendem as chamas que os homens sábios e justos devem extinguir.
     
9 O homem sábio que pleiteia com o tolo, quer se zangue, quer se ria, não terá descanso.
Um sábio não deve entrar em debate com um tolo porque este jamais será convencido quanto àquilo que é justo e correto.
Seja qual for o tom com que seja apresentado o argumento sábio – se sóbrio, enérgico ou brando e simpático, o efeito será sempre o mesmo, porque o tolo não se emendará, independentemente do tempo pelo qual se prolongue o arrazoamento do sábio.
      





10 Os homens sanguinários odeiam ao sincero, mas os justos procuram o seu bem.
Os homens maus odeiam seus melhores amigos.
Os sedentos de sangue, que compõem toda a linhagem da antiga Serpente, que foi um homicida desde o princípio, todos os que são herdeiros da sua inimizade contra a semente da mulher, odeiam os justos, porque eles, pelo seu bom procedimento são uma condenação para o mundo perverso e um testemunham contra ele.
Cristo disse a seus discípulos que eles seriam odiados de todos.
Os homens sanguinários odeiam especialmente os magistrados, por restringi-los, e por colocarem as leis em execução contra eles, e com isso, ainda que eles os rejeitem, estão lhes fazendo um grande favor, pela oportunidade que ensejam para o seu arrependimento.
Já os justos não somente amam seus amigos sinceros, como também seus piores inimigos, pois são capacitados para isto pela graça de Cristo, e entendem que convém imitá-lo, pois é longânimo e bom para com todos os pecadores, na expectativa de que melhorem o seu procedimento.
Os justos, a quem os homens sanguinários odeiam, procuram pelo bem das suas almas, oram por sua conversão, e de bom grado fazem qualquer coisa para a salvação deles.






11 O tolo revela todo o seu pensamento, mas o sábio o guarda até o fim.
É uma demonstração de fraqueza ser muito aberto. O tolo revela toda a sua mente, diz tudo o que sabe, e tem em sua boca instantaneamente tudo o que ele tem em seus pensamentos, e não consegue guardar qualquer segredo; e quando se irrita dirá qualquer coisa que lhe vier à mente sem refletir, e ao falar de qualquer assunto vai dizer tudo o que pensa, e nunca aquilo que for o  suficiente e pertinente à questão,
Já o sábio é reservado e não irá revelar toda a sua  mente de uma vez, mas gastar tempo para um segundo pensamento, ele não irá se entregar a um discurso contínuo, ou um discurso engomado, mas com pausas, para que ele possa ouvir o que está sendo contestado para poder responder.      






12 O governador que dá atenção às palavras mentirosas, achará todos os seus servos ímpios.
É um grande pecado em qualquer pessoa, especialmente nos governantes, dar ouvidos a mentiras; porque, assim, eles não somente podem fazer um julgamento errado, como encorajar outros a dar informações erradas.
Mentiras serão ditas para aqueles que lhes derem ouvido; mas, neste caso, o receptor é tão mau, quanto o ladrão.
Este procedimento por parte de senhores e governantes contribuirá para que todos os seus servos sejam achados na prática da impiedade, porque serão muito poucos os que terão coragem de lhes dizer a verdade, por temor de contrariá-los. Acrescente-se a isto, que esta prática de dar ouvido à mentira, estimula o exercício da imaginação com invencionices por parte dos informantes, para que caiam no agrado dos seus senhores, em demonstração do quanto estão dispostos a serem leais a eles, ainda que seja com falsidades.


13 O pobre e o usurário se encontram; o Senhor ilumina os olhos de ambos.
Isto mostra quão sabiamente o grande Deus serve os desígnios de sua providência por pessoas de diferentes temperamentos, capacidades e condições no mundo.
Alguns são pobres e forçados a tomar empréstimos; outros são ricos, e são credores, ou usurários, e o Senhor ilumina os olhos de ambos; ele faz com que o sol brilhe sobre ambos e dá a ambos os confortos desta vida.
Para alguns de ambos os tipos ele dá a Sua graça. Ele ilumina os olhos dos pobres, dando-lhes paciência, e do enganador, dando-lhes o arrependimento, como a Zaqueu.
Ele usa em Seu serviço a ambos, tanto o rico quanto o pobre, e declarou expressamente que nos dias da Nova Aliança derramaria o Espírito Santo sobre toda a carne, e tanto jovens quanto velhos, tanto servos quanto senhores receberiam dos Seus dons para ministrarem ao mundo o Evangelho de Cristo (Joel 2.28,29).
      


14 O rei que julga os pobres conforme a verdade firmará o seu trono para sempre.
Temos aqui o dever de magistrados, que é o de julgar com fidelidade entre homem e homem, e  determinar todas as causas perante eles, de acordo com a verdade e a equidade, especialmente em se tratando de pobres (Êxodo 23.3).
O rico pode contar com seus recursos para promover a sua defesa pagando bons advogados, mas o pobre necessita da defesa dos governantes (Sl 82.3).






      

15 A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma, envergonha a sua mãe.
Os pais, na educação dos filhos, não devem somente dizer a eles o que é o bem e o que é o mal, mas devem repreendê-los e corrigi-los também, se necessário, quando negligenciam o que é bom fazendo o que é mau.
O uso da vara deve ser feito com sabedoria, longanimidade e amor, e nunca como um motivo para os pais descarregarem a sua ira. O objetivo é o de que a criança venha a temer o que é mau e amar o que é bom.
Uma criança que não é restringida ou reprovada, mas que é entregue a si mesma, seguindo suas próprias inclinações, pode praticar o bem, mas, será mais observado uma disposição para praticar o mal, pois é esta a inclinação natural do coração humano corrompido pelo pecado.



16 Quando os ímpios se multiplicam, multiplicam-se as transgressões, mas os justos verão a sua queda.
Quanto maior é o número de pecadores, consequentemente, é também maior o número de pecados; pela má influência de uns sobre os outros, reciprocamente.
No velho mundo, quando os homens se multiplicaram, eles começaram a se degenerar e a corromper uns aos outros.
Quando a corrupção é tolerada, muitos são incentivados à sua prática por causa da impunidade.
Mas, ainda que não venham a cair neste mundo, eles terão que enfrentar o justo juízo de Deus no julgamento do Grande Dia.
      





17 Corrige o teu filho, e te dará descanso; e dará delícias à tua alma.
É uma coisa muito feliz quando os filhos são um motivo de conforto para os seus pais.
É um prazer para os pais, que ninguém conhece, senão aqueles que são abençoados com ele, por ver o fruto feliz da boa educação que deram a seus filhos, tendo em perspectiva o bem-estar deles mesmos em ambos os mundos, quer no secular, quer no espiritual.
Para tanto, as crianças devem ser educadas sob uma disciplina rigorosa, e não ficarem sem repreensão quando agem de modo errado.





   

18 Não havendo profecia, o povo perece; porém o que guarda a lei, esse é bem-aventurado.
Temos aqui a miséria das pessoas que são carentes de um ministério estabelecido, pois onde não há nenhum homem de Deus para expor a Sua Palavra, as pessoas não podem ser conduzidas a ter um bom conhecimento do Senhor. E onde falta isto, o povo se corrompe apostatando dos caminhos da verdade.
O profeta é aquele que fala da parte de Deus aos homens, e Deus tem falado de modo definitivo na Bíblia, para que esta revelação seja ensinada por aqueles que Ele tem chamado para pregar e ensinar o Evangelho.
As pessoas ficam como ovelhas que não têm pastor, por falta de mestres fiéis nas igrejas para convocá-las e ensinar-lhes a viverem em unidade, na fé, na doutrina, no amor e no Espírito (Marcos 6.34).
      



19 O servo não se emendará com palavras, porque, ainda que entenda, todavia não atenderá.
Um homem não será transformado para melhor por somente ouvir palavras.
É preciso que haja o trabalho da graça de Jesus operando no coração do pecador para que ele seja transformado de coração de pedra em coração de carne.
O amor de Deus demanda que haja uma disposição voluntária em nós em servir com alegria e gratidão em nosso coração. Quando isto falta, nenhuma exortação ou palavra de incentivo poderá produzir tal efeito.
Há uma natureza má e corrompida em nós que necessita ser crucificada, para que nos despojemos dela, e assim, possamos viver como novas criaturas, em novidade de vida, impelidos pela instrução e poder do Espírito Santo.
      



20 Tens visto um homem precipitado no falar? Maior esperança há para um tolo do que para ele.
Porque é dito que um tolo está em vantagem em relação a uma pessoa que seja precipitada no falar?
Possivelmente porque o tolo pode, apesar de sua tolice, alcançar sabedoria, por ouvir e aprender de outros, enquanto o precipitado no falar não consegue ouvir senão somente a si mesmo, e fala sem se importar com a precisão e proveito das coisas que diz.
Há um orgulho e uma presunção, que geralmente aprisionam o homem precipitado; fazendo com que seja endurecido à disciplina, à repreensão e à obtenção da sabedoria naqueles que a detêm.
É melhor portanto, ser um tolo que está consciente de sua insensatez, do que um presunçoso que esteja endurecido pelo seu orgulho.

     
21 Quando alguém cria o seu servo com mimos desde a meninice, por fim ele tornar-se-á seu filho.
É uma coisa imprudente ser muito afeiçoado a um servo, porque isto fará com que fique muito íntimo e familiarizado, vindo a ser indulgente e negligente para com os seus deveres.
Caso isto ocorra é melhor optar por renunciar à relação contratual de serviço, e assumir a adoção filial, porque na maioria dos casos, a de serviço será perdida. 
Todavia, é uma coisa ingrata em um servo a de se comportar insolentemente porque ele tem sido tratado com ternura.
     




22 O homem iracundo levanta contendas; e o furioso multiplica as transgressões.
De um temperamento iracundo flui muitos males, especialmente o de levantar contendas na família e na vizinhança.
Um homem furioso dá causa a muitas transgressões, porque a ira injustificada e  indevida é um pecado que é a causa de muitos outros pecados. Ela não somente impede os homens de invocarem o nome de Deus, como dá ocasião para que se amaldiçoe e profane o Seu nome.
  
  



23 A soberba do homem o abaterá, mas obterá honra, o humilde de espírito.
Isto concorda com o que Jesus Cristo disse mais de uma vez, que aquele que se exaltar será humilhado, e o que for humilde será exaltado, e ainda que bem-aventurados são os humildes de espírito, porque são eles os herdeiros do reino dos céus.
Aqueles que pensam estar ganhando respeito, elevando-se acima de sua posição, olhando do alto, falando alto, e se vangloriando, se expõem ao desprezo, perdem a sua reputação, e provocam a Deus, por rejeitarem suas providências para trazê-los para baixo e colocá-los na posição que convém a todos, a saber, a de humildade.
     





24 O que tem parte com o ladrão odeia a sua própria alma; ouve maldições, e não o denuncia.
Veja aqui o pecado e ruína dos que são atraídos pela sedução dos pecadores.
Aqueles que pensam estar em boa condição quando apesar de não praticarem pecados que são uma abominação para Deus, e que, no entanto, os aprovam em outros, e não denunciam esses pecados, se acham a Seus olhos debaixo da mesma condenação destinada àqueles que os praticam.
É dito que odeiam a própria alma com tal atitude, porque agem contra o bem-estar presente e eterno de suas almas, por ficarem privados da aprovação de Deus, e sujeitos à Sua condenação.
      




25 O receio do homem armará laços, mas o que confia no Senhor será posto em alto retiro.
Somos avisados ​​pelas Escrituras para não temer o poder do homem, nem o poder de um governante, nem o poder da multidão; porque isto nos coloca num laço, ou seja, nos expõe a muitas tentações.
Abraão, por medo do homem, negou que Sara era sua esposa, e Pedro seu Mestre, e muitos o  seu Deus.
Não devemos negligenciar o nosso dever, nem cometer pecados, para evitar a ira do homem, nem mesmo quando o vemos se aproximando de nós para nos atemorizar (Daniel 3.16; Sl 118.6).
Somos encorajados a depender do poder de Deus, que nos livra de todo o tipo de medo do homem, que traga embutido nele tormento ou tentação.
Quem coloca sua confiança no Senhor, para ser protegido no caminho do dever, é colocado no alto, acima do poder do homem e do medo que ele possa produzir.
Se Deus é a minha salvação, hei de confiar e não ter medo.
26 Muitos buscam o favor do poderoso, mas o juízo de cada um vem do Senhor.
Os que buscam a sua paz, provisão, justiça e segurança exclusivamente nos poderosos deste mundo se esquecem que eles também estão sujeitos à Providência e ao Juízo de Deus.
Toda a segurança e conforto que podemos obter deste mundo, sejamos pobres ou poderosos, são muito passageiros e se dissolverão para sempre quando tivermos que comparecer perante o trono de juízo divino.
Homens sábios buscam o favor do Senhor e deixam em Suas mãos o uso de meios e instrumentos poderosos, caso necessários, para cuidarem dos seus interesses.
Buscar o favor do Senhor é demonstrado de modo prático na busca dos interesses do Seu Reino e Justiça.
Deus é a primeira causa, da qual todas as causas secundárias dependem; se Ele não ajudar, elas também não podem (II Reis 6. 27;Jó 34.29).



27 Abominação é, para os justos, o homem ímpio; mas abominação é, para o ímpio, o que é reto no seu caminho.
Luz e treva não são concordantes, antes se opõem uma à outra.
O que vive na impiedade foge da luz para que suas obras não sejam manifestas, mas o que pratica e ama a justiça vem para a luz para que suas obras glorifiquem a Deus quando forem observadas pelos homens.
Todos os que são santificados têm uma antipatia enraizada em relação à impiedade dos ímpios.  Eles têm uma boa vontade para com as almas de todos (Deus não tem prazer na morte do ímpio); mas odeiam os caminhos e as práticas daqueles que são ímpios para com Deus e prejudiciais aos homens; detestam a companhia dos ímpios e injustos.
De igual modo, todos os que estão santificados têm uma antipatia enraizada por parte dos ímpios em relação a eles, porque a consciência do que ele diz e faz, é uma abominação para o ímpio, a sua maldade é contida, talvez, ou, pelo menos, faz com que fique envergonhado e se sinta condenado, pela retidão dos justos.

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