quinta-feira, 10 de outubro de 2013

PROVÉRBIOS 31

“1 As palavras do rei Lemuel, rei de Massá, que lhe ensinou sua mãe.
2 Que te direi, filho meu? e que te direi, ó filho do meu ventre? e que te direi, ó filho dos meus votos?
3 Não dês às mulheres a tua força, nem os teus caminhos às que destroem os reis.
4 Não é dos reis, ó Lemuel, não é dos reis beber vinho, nem dos príncipes desejar bebida forte;
5 para que não bebam, e se esqueçam da lei, e pervertam o direito de quem anda aflito.
6 Dai bebida forte ao que está para perecer, e o vinho ao que está em amargura de espírito.
7 Bebam e se esqueçam da sua pobreza, e da sua miséria não se lembrem mais.
8 Abre a tua boca a favor do mudo, a favor do direito de todos os desamparados.
9 Abre a tua boca; julga retamente, e faze justiça aos pobres e aos necessitados.
10 Mulher virtuosa, quem a pode achar? Pois o seu valor muito excede ao de jóias preciosas.
11 O coração do seu marido confia nela, e não lhe haverá falta de lucro.
12 Ela lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua vida.
13 Ela busca lã e linho, e trabalha de boa vontade com as mãos.
14 É como os navios do negociante; de longe traz o seu pão.
15 E quando ainda está escuro, ela se levanta, e dá mantimento à sua casa, e a tarefa às suas servas.
16 Considera um campo, e compra-o; planta uma vinha com o fruto de suas mãos.
17 Cinge os seus lombos de força, e fortalece os seus braços.
18 Prova e vê que é boa a sua mercadoria; e a sua lâmpada não se apaga de noite.
19 Estende as mãos ao fuso, e as suas mãos pegam na roca.
20 Abre a mão para o pobre; sim, ao necessitado estende as suas mãos.
21 Não tem medo da neve pela sua família; pois todos os da sua casa estão vestidos de escarlate.
22 Faz para si cobertas; de linho fino e de púrpura é o seu vestido.
23 Conhece-se o seu marido nas portas, quando se assenta entre os anciãos da terra.
24 Faz vestidos de linho, e vende-os, e entrega cintas aos mercadores.
25 A força e a dignidade são os seus vestidos; e ri-se do tempo vindouro.
26 Abre a sua boca com sabedoria, e o ensino da benevolência está na sua língua.
27 Olha pelo governo de sua casa, e não come o pão da preguiça.
28 Levantam-se seus filhos, e lhe chamam bem-aventurada, como também seu marido, que a louva, dizendo:
29 Muitas mulheres têm procedido virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas.
30 Enganosa é a graça, e vã é a formosura; mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada.
31 Dai-lhe do fruto das suas mãos, e louvem-na nas portas as suas obras.”

Este capítulo, como o precedente, também foi acrescentado aos provérbios de Salomão, e se afirma que contém palavras do rei Lemuel, as quais aprendeu de sua mãe.
Dos versos 1 a 9 são dadas instruções a Lemuel, ao que parece, quando era jovem, por sua mãe, para que, quando assumisse o trono do reino de Massá, que ele não deveria desperdiçar a sua força e os seus caminhos com as mulheres que destroem os reis. E que ele deveria se guardar de beber vinho, bem como de qualquer outra bebida forte, porque não convém que aqueles que se encontram em posição de governo o façam, porque a bebida forte faz com que se perca a sobriedade, produzindo estados alterados de consciência, que fazem com que venham a se esquecer da lei e a perverter o direito, especialmente dos oprimidos. 
Se alguém se desse ao uso da bebida forte, que o fizesse em situações excepcionais para os que se encontravam à beira da morte ou em grande amargura de espírito, para que se lhe abrandassem as dores, e para que se esquecessem das misérias que estavam dando causa à sua amargura (v. 6,7). Esta recomendação deve ser entendida no seu contexto do Velho Testamento, mas não no do Novo Testamento, em que se ordena aos crentes que não se embriaguem com vinho, nem em situações excepcionais, mas que se encham do Espírito Santo, porque Ele é o consolador e a força deles na hora da morte e da angústia.   
A mãe de Lemuel lhe aconselhou também a falar pelos mudos e pelos desamparados, garantido-lhes o favor do direito, de forma que julgasse retamente, fazendo justiça aos pobres e aos necessitados (v. 8, 9).
Também temos como conselho dado a Lemuel por sua mãe, a partir do verso 10, o famoso provérbio sobre a mulher virtuosa, que estaremos comentando com um texto adaptado do Pr John MacArthur sobre o referido assunto:

A Mulher Virtuosa de Provérbios 31 

Por John Macarthur (traduzido e adaptado por Silvio Dutra) 

Esta manhã nós vamos falar sobre o que a Bíblia tem que dizer sobre mães, e qual é o padrão de Deus para elas. É de pasmar, francamente, como nossa sociedade mudou. Como a percepção de nossa sociedade em relação à  mulher  mudou; como o desígnio da sociedade para o papel dela mudou.  
   Se  você  estivesse folheando revistas velhas ou jornais velhos, do tipo que você vê em livrarias antigas, ou em algum lugar, e prestasse atenção nas mulheres que são retratadas em alguns dos anúncios do passado, você observaria as mães balançando os seus bebês, e mulheres em cozinhas preparando o jantar para a família, ou uma mulher sentada numa cama lendo histórias para seus filhos.  
Quadros e imagens assim, quase soam como ficção em nosso mundo de hoje. Quando você olha para a mulher anunciando hoje você a vê vestindo um traje a rigor, num terno empresarial, enquanto balança uma pasta andando numa rua movimentada.  Ou você a vê em trajes de ginástica fazendo aeróbica, ou em trajes sumários, quase nua. O que é que a nossa sociedade realmente vê como o modo de a mulher ser exaltada e honrada?  O que é realmente a mulher excelente do final do século XX? Que tipo de uma mulher é ela? O que é a "superwoman" moderna? Bem, eu suponho se nós criássemos uma lista, esta seria mais ou menos assim:   
-Ela trabalha  
                -Constrói a sua carreira  
- Exige pagamento igual  
-Recusa submeter-se ao seu marido e exige igualdade com ele em tudo  
-Tem um ou dois desquites ou um ou dois divórcios  
-Exercita a sua independência  
-Confia nos seus próprios recursos 
-Não quer que o seu marido ou os seus filhos ameacem as suas metas pessoais  
-Muito frequentemente tem a sua própria conta bancária e não considera que os recursos financeiros dela e do seu marido são comuns 
  -Ela contrata uma empregada ou um serviço de limpeza  para não ter que se envolver com afazeres domésticos   
-Come fora pelo menos 50% do tempo, com ou sem a sua família   
-Faz do cereal frio o padrão do café da manhã  para todos da sua família para não ter qualquer trabalho  
-Faz somente refeições congeladas rápidas   
-Espera que o seu marido faça pelo menos uma parte igual do serviço doméstico   
-Ela está bronzeada e é escrava do culto ao seu corpo   
                -Faz compras para manter as tendências da moda  
                -Coloca os filhos numa creche   
  Este é o tipo de mulher que o mundo aplaude.  Ela não pode ficar casada de verdade, não pode ser feliz, e os filhos dela entram em dificuldades e às vezes se envolvem com drogas, e frequentemente se tornam criminosos.  E ela está longe da mulher que Deus chamou para ser "mulher excelente".  
O que diz Deus quanto ao que uma mulher e mãe deve ser?  Bem, deixe-nos voltar a Provérbios, capítulo 31, e ver o que a Bíblia tem a nos dizer.  Porque, neste texto encontramos a revelação de Deus sobre quem é de fato a mulher excelente. O verso 10 diz  "esposa excelente", que algumas versões traduzem “mulher virtuosa”.  Aqui está a descrição quanto ao que uma mulher deveria ser.  Isto é um ideal, isto é um modelo. Isto não descreve alguma mulher em particular, isto descreve a mulher ideal.    
Há muito que é dito sobre as mulheres no Livro de Provérbios.  Como você sabe, o Livro de Provérbios é uma lista de provérbios ou declarações de sabedoria, e ao longo do Livro de Provérbios há um interesse ininterrupto em descrever as mulheres.    
Há uma mulher que frequentemente aparece no Livro de Provérbios, e ela é o oposto da mulher excelente"; " ela é a "adúltera."  Ela lisonjeia com os seus lábios; ela abandona a aliança com o seu próprio marido para seduzir outra pessoa.  A "adúltera" tem lábios que gotejam mel, e ela caça a vida preciosa de alguma vítima.  
Não há somente a "adúltera" mas também a "mulher rixosa", a mulher briguenta, com quem ninguém quer viver, e o homem normal preferiria, os provérbios dizem, viver no canto do telhado, em um pequeno lugar do que numa casa grande com uma mulher tumultuosa.  Há a “mulher tola", há a "mulher rebelde", há a "mulher iracunda", e todas estas são contrastadas com esta "esposa excelente" citada no capítulo 31.  Há no capítulo 12:4 de Provérbios, esta declaração: "A mulher virtuosa é a coroa do seu marido, mas a que procede vergonhosamente é como podridão nos seus ossos.”. Nada melhor do que uma “esposa excelente" e nada pior do que o oposto.  Na realidade, uma esposa tem uma tremenda habilidade para influenciar um marido e uma família.    
Em 1 Reis, capítulo 21, há uma declaração feita sobre Acabe, o rei mau, talvez o pior rei de todos os anais da história de Israel.  Diz-se de Acabe que ele era mau porque ele foi incitado a isto pela sua esposa Jezabel.  Nós falamos sobre o fato que Deus projetou os homens para serem a cabeça da família, e isso significa provisão, e isso significa proteção, e isso significa liderança.  Os homens têm aquela responsabilidade, mas os homens não têm mais isso quando são influenciados negativamente por suas mulheres a agirem contra os padrões fixados por Deus.   
Acabe era o cabeça da sua casa; ele até mesmo era o rei.  Ele era um líder, ele era forte, mas a sua vida foi amoldada pela influência da sua esposa.  Assim, indo da "adúltera" e da "mulher rixosa" e da "mulher tola", da "mulher rebelde", da "mulher iracunda", da mulher que incita o seu marido para fazer mal, é que nós chegamos ao capítulo 31, à "esposa excelente", e aqui está disposto para nós o padrão para aquela mulher.  Este capítulo consiste nas palavras do rei Lemuel, conforme os conselhos que lhe haviam sido dados por sua mãe. Nós não sabemos nada sobre o rei Lemuel, mas ele teve uma boa mãe judia, e junto com a canja de galinha e tudo o mais que ela proveu para ele, ela lhe deu alguns conselhos realmente bons.     
Ela disse a ele, no verso três: não "dê sua força às mulheres.". Não se ocupe de ligações sexuais com outras mulheres; em outras palavras, não cometa fornicação; mantenha sua vida pura.  Não dê sua força às mulheres; porque  esse é geralmente o modo como os reis e líderes são destruídos. Geralmente Satanás usa as mulheres para inverter os papeis estabelecidos por Deus para o homem e para a mulher. Deus pôs o homem por cabeça, e o Inimigo procura subverter isto, instigando as mulheres a destruirem a liderança do homem. No verso 4 há um bom conselho adicional: "não beba vinho, não beba bebida forte, porque nubla seu julgamento".    
Ela continuou com estes conselhos, e ela diz a ele no verso oito: “Abre a tua boca a favor do mudo, pelo direito de todos os que se acham desamparados.”, e prossegue no verso 9: “Abre a tua boca, julga retamente, e faze justiça aos pobres e aos necessitados.”.  Em outras palavras: "Fale por essas pessoas que não podem falar por eles, essas pessoas que estão oprimidas, essas pessoas que não podem se defender, essas pessoas que são muito pequenas e insignificantes para terem uma plataforma de autodefesa - você deve sustentar a causa deles. Você deve promover os direitos do infeliz.". E para que seu filho fosse um grande homem e um bom e justo rei, ele teria que ter uma boa esposa, e por isso ela descreveu para ele as características da mulher ideal nos versos 10 a 31. “Ache uma boa esposa” foi o seu conselho para ele, conhecendo as implicações de se ter uma esposa ruim, tumultuosa, briguenta, egocêntrica, má (como Jezebel). E percebendo a influência que ela teria sobre a vida dele, a sua mãe encorajou Lemuel a "achar uma esposa excelente".  
O tipo de mulher que ela descreve é o modelo da mulher ideal.  Ela é inestimável.  Uma "esposa excelente", verso 10 diz, "quem pode achar?  O valor dela é superior de longe ao das joias.".  E ela vai descrever esta mulher, física, mental, moral e espiritualmente.  Em toda dimensão, o caráter da “esposa e mãe excelente"  é desdobrado aqui.  Ela descreve esta mulher ideal, esta mulher modelo, olhando para seis características: o seu caráter  como uma esposa, a sua devoção como uma dona de casa, a sua generosidade como vizinha, a sua influência como uma professora, a efetividade dela uma mãe, e a sua excelência como uma santa.    
Agora, este realmente é um documento muito importante na história judia.  Obviamente, está inspirado por Deus, mas inspirado por Deus de um modo sem igual que para você não é visível, e eu lhe contarei o que isso é.  Há 22 versos do 10 ao 31, e há 22 caracteres no alfabeto hebraico. Cada um destes versos começa em sequência com o próximo caráter no alfabeto hebraico, de forma que isto começa com Alef, Beth, Gimel, e assim sucessivamente, até completar alfabeto hebraico. A primeira citação de cada um destes provérbios, cada verso, está em sequência à próxima citação.  Por que?  Porque isto tinha em vista facilitar a sua memorização. Tornou-se um acróstico com uma fórmula para memorização fácil e retenção destas características, de forma que todo filho judeu jovem pudesse ser ensinado pela sua mãe a memorizar Provérbios 31:10-31, e assim ter na sua mente por quais critérios ele deveria medir a excelência de uma mulher.  Infelizmente, nós não temos aquele benefício em português, mas era um grande benefício para eles em hebraico. Não quanto ao conteúdo, mas quanto à facilidade de memorização. Este tipo de mulher, de acordo com capítulo 19, verso 14, é um presente de Deus.  Assim pressupõe oração, para que se pudesse achar uma tal mulher. Na realidade, diz o verso 10, "uma esposa excelente quem pode achar?". Indicando que isto não é algo para ser conseguido pela simples avaliação humana. É necessário a intervenção de Deus, para concretizar a aproximação. É necessário ser justo  sobre isto, porque não convém que se pense que este é um problema somente para os homens acharem uma tal mulher.  Também é um problema para as mulheres acharem um homem bom. Isto está declarado em Pv 20.6: “Quem pode achar um homem confiável?”. Assim o que vale para as mulheres vale também para os homens no que tange à dependerem de buscarem em Deus em oração o par ideal segundo os padrões de Deus.  É importante que se frise que o Senhor conhece os corações e Ele sabe perfeitamente que tipo de caráter cada vida produzirá. É maravilhoso ver o crescimento físico, mental e espiritual que o casal unido por Deus experimenta ao longo do curso de suas vidas.
Muito frequentemente quando uma seleção é feita de uma mulher ou uma esposa, é feita pelas razões erradas: olhares, educação, personalidade, gosto, realizações, estilo - em lugar de virtude, caráter, essas coisas que importam.  Mas esta mulher tem um valor que superior ao das joias.  A palavra na verdade descreve pedras preciosas de qualquer tipo.  Algumas versões traduzem "rubis", algumas traduzem isto como "pérolas.". "Joias" é a melhor tradução porque é uma palavra genérica para pedras preciosas. O  ponto nesta referência a joias, está em que esta mulher é muito valiosa e não é fácil de ser achada. Na verdade, na maioria dos casos, esta mulher será construída por Deus.   
1. O Caráter dela como uma esposa.   
Encontramos o seu caráter como uma esposa no verso 11: “O coração do seu marido confia nela, e não haverá falta de ganho.”.  Precisamos entender que no mundo antigo as coisas eram um pouco diferentes, até mesmo no Judaísmo.  As mulheres não eram olhadas como Deus tinha planejado, porque eram vistas como um tipo de "segunda classe", e muito frequentemente os homens construíam amizades fortes com outros homens e mantinham as suas esposas somente como criadas.  Em alguns casos, nem mesmo mantinham uma devoção particular de intimidade com eles, eles tinham concubinas para os seus atos íntimos, e assim poderiam manter suas  esposas a uma certa distância. Por conseguinte nunca havia a devoção necessária entre os dois que criasse a confiança citada neste versículo, e nós lemos isso em alguns documentos antigos que registram que era  comum os maridos trancarem todas suas preciosidades quando eles viajavam, desconfiados de suas esposas. 
Mas uma das primeiras coisas que nós lemos nesta passagem é que o marido não tem que trancar qualquer coisa, porque ele confia na sua esposa.  A confiança está bem fundada, porque ela não vai fazer qualquer coisa que prejudique o ganho pessoal dele.  Eu suponho que o equivalente hoje seria: “você tem que sair a negócios por duas semanas e deixa seu talão de cheques com sua esposa, ou deixa todos os cartões de crédito e sabe que ela fará um uso judicioso deles e não desperdiçará as finanças do casal. 
Este versículo está falando sobre o fato de que há uma relação íntima construída em confiança completa.  O marido pode ir trabalhar, ele pode ir embora, ele pode fazer tudo o que ele precisa ver com confiança absoluta da integridade dela, da sabedoria dela, e da discrição dela no uso do seu dinheiro. O conforto dele é a preocupação dela; os fardos dele são também carregados por ela.  Ele está à vontade quando ausente, porque sabe que tudo o que ele tem está seguro com ela, porque ela o quer e ele sabe isso.  E amar significa que ela nunca faria qualquer coisa que lhe causasse tristeza, ou sofrimento, ou dor, ou angústia. Ele não está suspeitando, ele não está preocupado, ele não tem ciúmes, porque ela é absolutamente confiável - isso é um grande fundamento para um matrimônio.  
"Ele não terá falta de ganho". Ele nunca terá que se tornar algum tipo de "soldado de fortuna" e ter que suprir sempre tudo o que ela perde.  Ele nunca vai ter que trair para ganhar um pouco mais para cobrir as perdas que ela está causando.  Ele não tem que ser tentado a roubar ou falsificar alguma conta em algum lugar, de forma que ele possa ressuprir o que ela desperdiçou negligentemente.  A propósito, isto indica, e eu penso que é uma coisa importante para mencionar, que ela toma conta dos assuntos domésticos; que ela toma conta de usar e responder pelos recursos da casa.  Ele voluntariamente trabalha para ele, enquanto sabe que ela será o mordomo de tudo isso.  Isso faz parte do "oikodespotes" (grego) quando diz em 1 Timóteo 5:14 e em Tito 2 "que a mulher deve ser a guardiã da casa".  Parte disso é a administração desses recursos que o marido sai para ganhar e prover -ela o ajuda a ganhar, não perder.  Ele tem bastante porque ela é dedicada ao cuidado dos seus salários, porque ela o ama, porque ela se preocupa com ele, porque ela busca o bem dele, e isso é o que está no verso 12: “Ela lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua vida.”.    
Esta mãe judia fala para o seu filho: Você quer uma mulher que sempre tem seus melhores interesses no coração dela; que sempre busca construir em você um homem melhor em todas as áreas, todos os dias da sua vida.  Todos os dias da sua vida ela dedica ao bem do seu marido. Em tempos bons, e em tempos ruins, em tempos de abundância, e em tempos de escassez, tempos de tristeza, tempos de felicidade, tempos de enfermidades; e em tempos de saúde -o amor dela agora e sempre será dedicado aos sucessos do seu marido. Ela busca em oração a edificação do seu lar e nunca negligencia nisto.  Ela busca o que é melhor e mais nobre para o homem que é o seu marido.  Ela o serve como Sara serviu Abraão, de acordo com I Pedro 3:6, e o chamava de senhor.  Ela está compromissada com ele. Ela revela a sua virtude através do seu serviço consistente ao lado dele. O amor dela é tão profundo, tem uma pureza e um poder, e uma devoção que nunca muda em todos os dias da sua vida. Os sucessos dele, o conforto dele, a reputação dele, a alegria dele é a delícia dela. Viver para ele é a felicidade constante dela.  E uma nota de rodapé neste momento porque isso significa que quando for necessário, porque o bem mais alto dele é o maior desejo dela, ela confrontará o pecado dele e a fraqueza dele.  E amorosamente ela agirá como se fosse a consciência dele, ela necessariamente será a voz de Deus -nunca indelicada, arrogante, mas sempre submissa, e ansiosa de estar segura de que ele caminha com Deus.  Ela é interessada em confrontar o pecado dele e o fracasso dele.  Isso é parte de desejar que ele seja tudo o que ele deveria ser, segundo a vontade de Deus.  A propósito, isso é a essência do que se lê em Tito 2:4, quando diz que as mulheres jovens devem amar os seus maridos. Não significa algum tipo de emoção. Significa quando você amar alguém, você busca o melhor interesse dele. Você busca que ele seja o homem que Deus gostaria que ele fosse, que ele seja tanto quanto possa ser espiritualmente e até mesmo profissionalmente – em todos os sentidos. Você busca que ele seja melhor pai, melhor amigo, melhor trabalhador; e assim por diante. 
No verso 23 se lê que o “Seu marido é estimado entre os juízes, quando se assenta com os anciãos da terra.”. O ponto é que ele é conhecido como o marido dela e a reputação dele é de longe conhecida e largamente.  Ele é conhecido por todo mundo. O texto se refere ao fato que ocorria na antiguidade, quando os portões das cidades tinham uma área onde os anciões se juntavam diariamente, para decidirem sobre os assuntos que deveriam ser julgados na cidade, e funcionavam como um tipo de tribunal aberto onde eram feitas audições. Os anciões da cidade, os homens maduros da cidade sentavam naquele lugar e faziam o julgamento. E a grande reputação que este homem tinha entre os líderes da cidade era basicamente uma reputação construída pela sua esposa. Ela é tão fiel aos seus deveres como esposa, como ser a ajudadora tencionada por Deus em construir o caráter do seu marido, que ele chega a ser o que ele é, um homem com uma tremenda reputação. Aquela reputação é sustentada por ela, porque ela está fazendo tudo para que ele seja o que deveria ser. Ela está contribuindo ao desenvolvimento espiritual dele; ela está contribuindo à clareza com que ele vê os assuntos da vida; ela está lhe concedendo a sabedoria que ela ganha do conhecimento de Deus e o conhecimento da Palavra de Deus. Ela o serve, ela quer as coisas funcionando conforme a vontade do Senhor. Assim ele é conhecido como um homem de grande nobreza e grande respeito, por causa das contribuições que ela fez abnegadamente a ele. Ela não ganha nada demolindo a reputação do seu marido, absolutamente nada. Assim, ela se põe sempre a construí-la e melhorá-la. Se as pessoas diminuírem o respeito por ele, então elas diminuíram o respeito por ela, em primeiro lugar, porque ela fala mal do marido dela; e em segundo lugar porque ele escolheu alguém inadequada para ajudá-lo a se tornar tudo o que ele deveria ser. Ele não teve ao seu lado uma auxiliadora idônea. Mas, esta mulher tem caráter como uma esposa, tanto caráter que o seu marido confia totalmente nela na administração cuidadosa de tudo o que é precioso e importante à família.
2. A Devoção dela como uma dona de casa.  
Em segundo lugar, a devoção dela como dona de casa. Isto é bastante notável. Imediatamente no verso 13 lemos: “Busca lã e linho, e de bom grado trabalha com as mãos.”. Vivian Gorneck, (você não a conhece, mas ela ensina feminismo na Universidade de Illinois), diz, que "ser uma dona de casa é uma profissão ilegítima.";  Eu sempre pensei que ser uma prostituta era uma profissão ilegítima!  Mas nos nossos dias, ser uma dona de casa, como ordena Deus na Bíblia é uma profissão ilegítima, e ser uma prostituta é uma profissão aprovada. Francamente, o mais cruel e mais prejudicial molestamento sexual que acontece hoje é o molestamento sexual das feministas e os seus aliados governamentais contra o papel de maternidade e o papel da esposa dependente - isso que é real molestamento sexual com resultados devastadores.  Mas na ordem de Deus esta mulher é dedicada para a casa.  Ela é a regra da casa.  Ela administra a casa, e a devoção dela é notável, realmente notável.  O verso 13 nos fala que ela está envolvida fazendo linha de lã e linho. E eu penso que é interessante notar a transição entre o verso 12 e 13. O Verso 12 é um bonito verso espiritual; ela está sendo a consciência do seu marido, ela está lhe fazendo bem e nunca mal.  Todos os dias da vida dela ela está dedicada a ele para que ele seja tudo o que deve ser.  Ela busca o benefício espiritual dele.  Ela quer confortá-lo, e encorajá-lo, e o fortalece. Ainda, a submissão dela e as suas virtudes religiosas não a tornam em algum tipo de monge espiritual, algum tipo de "mulher religiosa" que finge aquela irresponsabilidade e preguiça que é “profundamente espiritual”, enquanto ela evita os deveres da casa.  Ela não está bastante pronta para se tornar um teólogo residente e fazer nada mais do que passar seu tempo em estudo. Imediatamente depois da liderança espiritual do verso doze, nós a achamos usando as suas mãos no verso 13.  Não há nenhum lugar na sua vida para autoindulgência; nenhum lugar para preguiça; nenhum lugar para inatividade, ela está cheio de energia nos deveres da casa. O que a casa requereu foi isso o que ela fez.  Ela procura linho e lã.  Por que?  Porque ela tem que comprar o produto nu, o linho e lã, e então ela tem que girar isto em linha, e então ela tem que tecer isto em um tear, e então uma vez é transformado em tecido ela tem que cortá-lo e fazer os artigos de vestuário com isto. Lã por causa do frio do inverno.  Linho, por causa dos dias quentes. O linho era usado no verão e a lã era usada no inverno.  A agulha e o fuso serviram à família, e ela trabalhou com as suas mãos de bom grado, com alegria.  
Não há nenhuma reclamação sobre isto. Ela acha alegria neste trabalho.  Por que?  Porque ela ama as pessoas para as quais ela faz isto. É o amor dela que a dirige. A versão Siríaca diz isto: “as mãos dela buscam ativas o prazer do seu coração". Não é duro para ela fazer estas coisas, não é algo que a desgosta. Por causa da devoção profunda ao seu marido e filhos, ela se nega de boa vontade e assume a mais servil das tarefas com o maior  prazer. 
No verso 14 lemos: “E como o navio mercante, de longe traz o seu pão.” Alguns de vocês estão dizendo: "Bem, essa é a minha esposa.  Ela acha estes cupons e dirige 30 milhas para adquirir uma pechincha em suco de laranja! Ela caminhou distâncias muito tempo para achar algo que a família dela desfrutaria. Ela é como um navio mercante, ela tem que caminhar muito para achar comida barata para sua família, para fazer economia, e faz isto com prazer e boa vontade por estar provendo isto para a sua família. Ela acha sua satisfação completa na alegria de servir. Ela está comprometida, você vê, em planejamento, administração cuidadosa, mas não é simplista, não é só pão e água; há pequenas coisas que ela considera para tornar isto rico e agradável, até mesmo se ela tem que ir longe para adquirir isto.    
O verso 15 diz mais sobre a devoção dela como uma dona de casa: “É ainda noite, e já se levanta, e dá mantimento à sua casa, e a tarefa às suas servas.”. Um abajur sempre estava iluminando antigamente, em casas orientais, e era dever da esposa mantê-lo aceso. Antes de amanhecer, à luz do abajur, ela moía o milho para as refeições do dia seguinte, de modo que tudo estivesse preparado para o seu marido, filhos e para os demais da casa. 
Ela tinha algumas meninas jovens que trabalhavam para ela - este é um quadro típico de uma propriedade grande – lembre-se que esta mãe está falando com o filho dela que será um rei, e assim há os criados lá.  Mas esta mulher, embora ela fosse uma rainha não é indolente ou preguiçosa - ela trabalha; e a palavra “reparte", ou “dá tarefa”, na Septuaginta, é “erga” no grego, que significa "trabalho".  Quer dizer que ela administra todas as tarefas que as moças deveriam fazer durante o dia. Assim ela se levanta literalmente pela manhã para planejar as atividades do dia, prepara a comida do dia, distribui as tarefas a todas as moças que vão ajudá-la.  Ela realmente administra a casa.  Ela também é empresarial.  Olhe no verso 16: “Examina uma propriedade e adquire-a; planta uma vinha com as rendas do seu trabalho.”. Note isto, ela sabe que o campo está à venda e ela reflete nisto.  Ela avalia o preço e o valor do campo e o benefício que poderia trazer à família dela, e ela decide que é uma coisa apropriada para fazer--note a independência disto.  Ela considera isto, ela reflete isto, e ela faz a compra.  Você diz, bem onde ela adquire este dinheiro?  Ela não vive dos recursos do seu marido ? Não, esta é uma senhora muito empreendedora.  Ela compra o campo dos seus salários, e então ela tem bastante para plantar um vinhedo nele. Ela decide que este seria um grande campo para plantar uvas e que isso beneficiaria bem a sua casa. Bem, onde ela adquiriu este  dinheiro?  Vemos isto no verso 24. Ela tinha um pequeno empreendimento.   Esta é uma senhora empresarial, e o que ela está fazendo, de acordo com verso 24, são artigos de vestuário de linho e os está vendendo, e cintas para os mercadores. E à medida que ela vendia, ela ia juntando e economizando, até ter dinheiro suficiente para comprar um campo e plantar nele uma vinha. Que certamente também serviria para aumentar os rendimentos da família. Ela faz investimentos sábios. É maravilhoso quando uma mulher for empreendedora e se ela tem o tempo e a inclinação e os talentos e habilidades para fazer coisas na casa que pode beneficiar a família-isso é uma coisa maravilhosa. Agora, a coisa triste é quando uma mulher decide que ela vai ir ter uma carreira às custas da família, às custas dos filhos, às custas do marido e da casa.    
O verso 17 nos conta um pouco mais sobre esta mulher: “Cinge os seus lombos de força, e fortalece os seus braços.”. Isto não significa que ela foi para uma academia de ginástica. Isto quer dizer que ela não é madame deslumbrada e ociosa na vaidade. Ela é forte, e o que a faz forte é o seu esforço nas tarefas diárias. Olhe agora o verso 19: “Estende as mãos ao fuso, mãos que pegam na roca.”. Ela pode fazer aquele trabalho de mão.  Ela pode trabalhar com as suas mãos, fazendo até cobertas para ela (verso 24).  Então lemos no verso 18: “Ela percebe que o seu ganho é bom; a sua lâmpada não se apaga de noite.”. O que significa que "ela sente que o ganho dela é bom"? Que tudo deste esforço e bondade produtora é para a família.  Ela vê que o que ela faz é benéfico para todo o mundo e ela vive para eles.  Ela está incentivada pela bondade daquele esforço, a bondade para todo o mundo ao redor dela.  Ela é incitada -não através da autorrealização, ela é incitada pela bondade inerente do que ela está fazendo nas vidas de todo o mundo que ela ama. Para realizar tudo aquilo que está no coração dela, o seu abajur não é apagado à noite.".  Isto é notável. Ela acha trabalho durante as horas de escuridão, e você teria que fazer um tipo especial de trabalho.  Seria difícil de fazer trabalho de costura antigamente sem lâmpadas incandescentes, para a luz de um abajur de óleo.  Seria difícil ficar aquecido à noite durante o inverno, porque o único modo que você poderia esquentar o interior do quarto seria com uma panela de carvão no meio do quarto (que é o que eles faziam). 
Lemos no verso 21: “No tocante à sua casa, não teme a neve, pois todos andam vestidos de lã escarlate.”. É interessante que eles são escarlate; ela os tinge com fundo vermelho.  Por que?  Artigos de vestuário de lã, com fundo vermelho reteriam mais calor. Tais artigos de vestuário eram dignos; eles eram bonitos; eles foram bem feitos; eles eram funcionais, mas eles eram vermelhos de forma que eles poderiam ter um pouco de beleza.  Ela não se preocupou com as coisas básicas -ela se preocupou com o prazer da família dela. No verso 22, “faz para si cobertas, veste-se de linho fino e de púrpura.”. O que significa que "ela faz cobertas para ela"? Poderia recorrer a um casaco, um capote, um mantô, algum tipo de envoltura; também pode recorrer a travesseiros, mantas, ou cobertas de cama.  Ela fez cobertas para ela.  A implicação aqui é que ela arrumava a cama dela de forma bonita.  A prostituta fazia isso para seduzir o homem; aqui é a mulher piedosa fazendo da cama um lugar de encanto e conforto.  Ela adorna as camas da sua casa, para ela e para sua família - para conforto e para beleza. E então, a roupa dela é de linho fino e de púrpura. Isto significa que a sua vida não era um fardo para ela. Ela era requintada apesar de todo o trabalho de sua vida empreendedora que a levava mesmo a virar as noites se dedicando a trabalhar em favor de sua família. Nada é desgastante para ela porque esta mulher aprecia a beleza que Deus lhe deu.  Ela aprecia o fato que o seu marido se alegra na sua beleza e a desfruta.  Assim, ela tem muito cuidado e ela tem certeza que a roupa dela deve ser elegante. Esta mulher cuida da sua aparência pessoal, não é descuidada. E ela faz isto para o seu marido. 
Esta é uma senhora maravilhosa.  O caráter dela como uma esposa: singular; a devoção dela como uma dona de casa: exemplar.    
3. A generosidade dela como um vizinho.    
Em terceiro lugar, a generosidade dela como um vizinho, que vemos no verso 20: “Abre a mão ao aflito; e ainda a estende ao necessitado.”. Não é que eles vêm a ela, pois é ela que vai até eles. Ela não só demonstra uma devoção especial para a casa dela, mas compaixão para esses não são afortunados o bastante para estar na sua casa. Ela demonstra compaixão para com o pobre e o infeliz que têm necessidades. Quando diz que ela estende a mão dela para o pobre, significa ela está envolvida na vida deles; ela provê o que eles precisam - talvez fosse comida, talvez fosse dinheiro, talvez roupa. Ela estende as suas mãos para o necessitado. Ela procura as pessoas em necessidade para ajudá-las. Ela é uma mulher totalmente abnegada.    
4. A influência dela como uma professora  
A influência dela como uma mestra é vista nos versos 25 e 26: “A força e a dignidade são os seus vestidos, e, quanto ao dia de amanhã, não tem preocupações. Fala com sabedoria, e a instrução da bondade está na sua língua.”. O verso 25 apresenta a plataforma para o ensino dela: “A força e a dignidade são os seus vestidos, e, quanto ao dia de amanhã, não tem preocupações.”. A base do se ensino está fundamentada no seu testemunho de vida. Porque ela está vestida no seu interior de força e dignidade diante de Deus, que lhe traz a paz de espírito que a faz descansar com fé no Senhor, confiada no seu trabalho e no cuidado de Deus, de modo que não fica ansiosa com o amanhã. Ela é prudente, econômica, sábia, empreendedora, e este é o seu melhor ensino. A sua própria vida. O que significa aquela palavra "dignidade?" Recorre ao fato de que ela está elevada acima das coisas triviais da terra. A vida dela não gira em torno de coisas supérfluas e que não têm real importância. Ela tem verdadeira classe, verdadeira virtude. Ela tem caráter religioso.  Ela é espiritualmente forte e se elevou aos assuntos mais nobres. E ela tem o poder do verdadeiro caráter, o que é expressado no fato de que ela sorri ao futuro.  Ela não tem nenhum medo.  Por que?  Porque ela sabe que a vida dela está certa com Deus, e isso afiança a bênção dele no futuro. Você não deveria temer o futuro, você não deveria se preocupar sobre o futuro.  Se sua vida for certa com Deus, a promessa de Deus está sobre você.  Ela sabe que a vida dela está certa. Ela é fiel, ela é pura, e então ela pode se encantar em o que está à frente. Aqueles que temem o futuro são aqueles que sofrem culpa no presente. Se você está sobrecarregado pelo peso do seu próprio pecado e deslealdade, então você tem toda razão em temer o futuro, porque a Bíblia promete castigo. Esta mulher, por causa da virtude da sua vida, pode sorrir ao futuro e pode conhecer a promessa de Deus para abençoar. Assim, baseada em força espiritual, e baseada em virtude, e tendo elevado os pensamentos dela acima das coisas comuns, coisas mundanas, coisas triviais, coisas terrenas lemos no verso 26 que ela "fala com sabedoria, e a instrução da bondade está na sua língua.”, e ela tem credibilidade por causa da sua vida, que está conforme com aquilo que ela ensina. E o que é que ela ensina? A bondade.  A sua sabedoria vem com bondade. Ela guia a vida diária da sua família, incluindo o seu marido, com palavras de sabedoria da lei de Deus. Provérbios 1:8 diz a um homem jovem que siga a lei da sua mãe. O peso do ensino de uma mulher está na sua própria casa. A lei de Deus é lei de bondade. Assim ela ensina a lei de Deus para a sua família -com graça. Com fala agradável, amável, sábia. Esta é a mulher nobre, excelente.  
5. A bem-aventurança dela como mãe.  
Nós a vimos como uma esposa, como dona de casa, como vizinha e como professora. Por quinto, a veremos como mãe, a bem-aventurança dela como uma mãe. No verso 27 lemos: “Atende ao bom andamento da sua casa, e não come o pão da preguiça.”. E por causa daquela devoção para a casa dela, que ela não é preguiçosa, mas ela dá a sua vida por eles, e no verso 28 vemos que os seus filhos e marido se levantam e a elogiam. Seus filhos a chamam de ditosa, e seu marido diz que muitas mulheres procedem virtuosamente, mas ela a todas sobrepuja. Há a recompensa. Ela exerce, de acordo com verso 27, vigilância cuidadosa sobre tudo.    
Ela administra seus filhos; ela administra a casa; ela não é preguiçosa; ela não está comendo o produto de preguiça, mas o pão de amar o trabalho duro. E então a real satisfação vem a ela; vem das pessoas que ela mais ama. Ela deu tudo a eles e o que volta a ela? Eles se levantam e a abençoam e eles a elogiam. Eles literalmente a reverenciam, eles a honram, eles a têm em alta estima, e até mesmo o marido dela, porque ela pôs de lado o próprio conforto dela em prol do dele - ela recebe dele a bênção suprema. Afinal de contas os anos de vida, ele a ama mais que ele alguma vez a amou, porque ele entende o caráter dela agora melhor que ele já entendeu antes. É tão óbvio que quando você se casa com alguém, no princípio há muitas atrações químicas e algumas atrações sociais, e algumas outras coisas que o atraem, mas você não tem ainda como avaliar o caráter de alguém. Mas à medida que ela amadurece, que os filhos crescem, eles a apreciarão cada vez mais, e também o seu marido, por causa do sacrifício dela; e ela será honrada por eles porque está vivendo segundo a vontade de Deus para ela. Ela está na verdade não somente servindo ao seu lar, mas sobretudo ao Senhor, por isso faz todas as coisas com amor e como se as estivesse fazendo não para homens mas para o próprio Senhor.   
6.  A excelência dela como uma santa.  
Isto vemos nos versos 30 e 31: “Enganosa é a graça e vã a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada. Dai-lhe do fruto das suas mãos, e de público a louvarão as suas obras.”. 

Assim, a mãe de Lemuel diz, "Ache uma mulher que teme o Senhor, nisso está o princípio da sabedoria.".  Ela será louvada; dai-lhe do fruto das suas mãos, e de público a louvarão as suas obras.”. O que são os produtos das mãos dela?  Todo o bem que ela fez a outros; voltará agora a ela.  Todo o sacrifício será dela pelo o resto da sua vida. Tudo o que ela fez em privado voltará em público como eles a elogiam nos portões, no meio da cidade. Ela será famosa pela sua feminilidade religiosa -isso é a recompensa dela.  



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